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Enviada em: 06/09/2019

Na mitologia grega, comumente é citado o conto na qual ao oferecer a realização de um desejo ao rei Midas, o deus dionísio o concede o poder de transformar tudo em que encosta em ouro. Não muito distante do mito, na realidade contemporânea, muito se faz na busca de acumular capital, sendo os recursos naturais constantemente transformados em bens de consumo. Portanto, é necessário discutir formas de combater os perigos gerados pelo uso excessivo de recursos naturais e a degradação do meio ambiente devido ao acumulo de lixo resultante desse processo.      Primeiramente, é necessário apresentar como o uso de recursos naturais é um reflexo da fetichização do consumo. Principalmente, pois existe uma ideologia consumista bem empregada na sociedade, que segundo o filósofo Guy Debord, as relações humanas estão permeadas não somente pela necessidade de possuir algo, mas também pôr a de parecer ter algo (espetaculização). Na qual o indivíduo não considera a qualidade do produto e sim o status social que este objeto lhe atribui. Logo, existe a urgência de desconstruir esse ritmo de consumo, para que a sociedade não sofra as consequências ambientais desse padrão de vida em um futuro próximo.    Além disso, é importante atentar-se que o acumulo de lixo gera não somente problemas ambientais, como também intensifica problemas sociais. Segundo o site G1 cerca de 90% do lixo eletrônico do planeta é encaminhado para aterros a céu aberto em países do continente africano. Não apenas sendo este o problema,pois neste ponto se inicia os problemas sociais, visto que boa parte desses territórios não tem condições econômicas para lidar com a situação, o que agrava a problemática. Necessitando que a ONU intervenha nessas relações abusivas por parte de nações industrializadas que põe em risco a sobrevivência do ser humano. Porque segundo Arthur Schopenhauer, é este indivíduo que atribui valor aos objetos, sendo assim pôr a sua própria existência em risco por causa desse consumismo é incoerente.   Logo, devido à obsolescência programada acelerar o ritmo de consumo, é necessário que o governo tome atitudes para mudar o quadro atual. Portanto, é importante que o Ministério do meio ambiente, conjuntamente com a mídia (que é um veículo formador de opinião), Alerte a população dos perigos desse consumo, por intermédio de investimento em propagandas televisivas, com a finalidade de utilizar a coerção social que o consumidor possui como forma de fazer grandes industrias assumirem papeis ambientalmente corretos. Para que esse desejo de transmutar tudo em riqueza permaneça apenas no mito e não na mentalidade do brasileiro contemporâneo.