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Enviada em: 11/10/2017

É inegável que as Revoluções Industriais trouxeram inúmeros benefícios para as relações entre homem, sociedade e natureza. Entretanto, devido à ganância pela lucratividade acentuada, técnicas degradantes, como a obsolescência programada de produtos industrializados, foram implementadas pelos polos capitalistas. Nesse contexto, convém analisar as principais consequências dessa problemática para a sociedade.       Em uma primeira abordagem, é indispensável salientar os impactos promovidos ao meio ambiente. Dentre eles, o descarte exponencial de materiais de baixo potencial decompositor que é efetivado, majoritariamente, em ambientes inadequados como lixões a céu aberto e aterros controlados, visto que desencadeia reações de natureza química, física e biológica como a magnificação trófica, responsável pela intoxicação dos seres vivos. Dessa forma, nota-se que o despejo excessivo de material industrial, fortemente influenciado pelo Ciclo de Obsolescência Programada (COP) contribui para a degradação das cadeias de fluxo energético.       Em uma abordagem mais aprofundada, é essencial pontuar os efeitos socioculturais originados pelo COP. Segundo dados levantados pelo INMETRO, a durabilidade dos produtos fabricados no século XXI tornou-se até oito vezes menor do que dos fabricados no século passado. Nesse sentido, o engavetamento massivo fruto dessa estratégia força, inadmissivelmente,  a população ao consumo de novas mercadorias, proporcionando crises pessoais de natureza psicológica e econômica.       Fica claro, portanto, que o Ciclo de Obsolescência Programada contribui não só com danos à natureza, como também ao estilo de vida da sociedade. Dessa maneira, cabe ao Poder Executivo sancionar uma lei que vise uma inspeção mais rígida dos produtos fabricados nacionalmente, bem como dos importados, pelo INMETRO, a fim de controlar a comercialização de mercadorias que apresentarão defeitos a curto prazo, e trarão prejuízos ao bolso e à vida do consumidor. Dessa maneira, será possível atenuar as consequências de tais conjunturas.