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Enviada em: 11/10/2017

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Nesse sentido, com o avanço do capitalismo, a partir da década de 1950, recai sobre o homem o compromisso de reduzir os perigosos inerentes ao avanço da políticas econômicas de obsolescências programadas que, por meio do consumismo, geram fatores negativos sobre o meio ambiente e também sobre os aspectos relacionados com os fatores psíquicos humanos.       A princípio, a problemática gera repercussões nefastas ao meio ambiente, sendo determinada pela sobrecarga imposta aos recursos presentes na natureza. Nessa conjectura, com o fim da Guerra Fria, o processo de globalização intensificou-se, bem como os seus efeitos negativos sobre a sociedade. Assim, o consumismo exagerado humano tem imposto o aumento gradativo e exponencial da prospecção da natureza. Assim, quando um indivíduo compra roupas, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, sem a necessidade aparente, ele está contribuindo para ampliar a cadeia de exploração dos recursos naturais. Nesse contexto, os dados da ONU afirmam que até 2050 o homem terá consumido 80% das suas reservas ecológicas que representa problemas para as futuras gerações.       Outro fator preocupante está na relação direta existente entre a política comercial da obsolescência com a dependência psíquica humana de novas tecnologias. Nesse sentido, a concepção freudiana afirma que os fatores intrínsecos do homem, quando eivados de estímulos fortes e atrativos do ambiente externo, causam dependência interna do indivíduo. De maneira análoga ao entendimento do psicanalista, observa-se que o prazer por adquirir novas tecnologias tem se mostrado superveniente às necessidades impostas, gerando desse modo problemas inerentes a saúde mental e física do homem, tais como: sedentarismo, depressão e obesidade.       O combate ao problema citado anteriormente, a fim de conter o avanço de doenças e da degradação ambiental, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso para a humanidade. Assim, é preciso que a Organização dos Estados Nacionais defina uma regra clara e global, descrevendo tempos mínimos para uso de objetos, com fito em minimizar os efeitos da obsolescência programada. Além disso, é preciso que o Governo Municipal crie uma rede de atenção psicossocial destinada aos dependentes tecnológicos, com intuito de tratamento e minimização da problemática. Por fim, urge que a imprensa televisiva, por meio de campanhas e ações, promova a discussão sobre o consumismo humano, tendo a finalidade de diminuir as demandas de exploração sobre o ambiente. Desse modo, com tais medidas, poder-se-á transformar o ser humano em consumidor consciente da importância do uso e reuso dos equipamentos modernos.