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Enviada em: 31/10/2017

"O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens: faz andar uma coisa esmagando sempre alguém." A frase, do escritor e pensador Vitor Hugo, exprime a ideia de que o sistema produtivo se desenvolve em detrimento da exploração da sociedade e do ambiente que circunda esses indivíduos. Analisando esse conceito atrelado à conjuntura atual, nota-se que as indústrias aderiram a um sistema de obsolêsncia planejada, no entanto, faz-se necessário analisar os fatores que incentivaram esse modelo e seus desdobramentos na atualidade.         A princípio, em 1920 na Inglaterra, a indústria de lâmpadas decidiu aplicar o conceito de "obsolescência programada" na linha de produção, o que iria reduzir a vida útil dos produtos para que o consumidor tivesse de trocá-lo com mais frequência. À vista disso, em 1929 eclodiu a grande crise do sistema capitalista fordista, em que as indústrias estavam gerando grandes estoques, em contra partida, não possuíam um mercado consumidor equivalente. Sob tal ótica, essa crise reafirmou a escolha feita na Inglaterra acerca da obsolescência programada e, por conseguinte, todas as indústrias aderiram a esse novo sistema de produção - sendo perpetuado até os dias atuais.          Em detrimento dessa questão, esse novo modelo aplicado pelas grandes empresas está gerando um extenso consumo e prejudicando o meio ambiente.Nessa perspectiva, a grande produção em massa gerou baixa durabilidade dos produtos, como também está gerando novas versões desses produtos em curto período, assim acarretando um consumismo frequente pelos indivíduos. Essa reação em cadeia, está ocorrendo, muitas às vezes, sem a devida preocupação da destinação correta desses aparelhos, haja vista que quando são descartados incorretamente poluem solos e corpos hídricos.      Destarte, a obsolescência planejada está gerando grandes perigos para o globo, sendo imprescindível medidas eficazes para combater as consequências desse quadro. Para isso, é imperativo haver um parceria entre o público-privado, em que o poder público promova um gerenciamento ambiental, por meio de políticas que reafirmem o uso das lixeiras seletivas, como também promova em maior número suas disponibilidades no país. Assim sendo, o setor privado deve recolher os produtos nesses locais, utilizando-se da gestão reversa, a fim de restituir esses aparelhos para o ciclo produtivo. Com essas ações, certamente, poder-se-á combater os impactos ambientes originados pela industrialização.