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Enviada em: 16/10/2017

O consumo impensado de produtos traz consequências ruins para as finanças de qualquer um que se entregue de forma espontânea à força da mídia, que usa estratégias de propaganda com pessoas do mundo artístico e esportivo, as quais associam as marcas à sua imagem quer em termos de beleza ou no desempenho como atleta. Pouco se  reflete sobre a relação custo-benefício de um aparelho smartphone quando este o afasta, por exemplo, do bom convívio com amigos e familiares próximos fazendo-o evitar boas conversas pessoais que resolvem mais as coisas, por que são mais ricas em emoções e mais verdadeiras. Ainda vê-se  pessoas tentando associar propriedades irreais a produtos para cuidados pessoais - pele, dentes, cabelos, por exemplo -, por que  são apresentados por uma bela atriz. A indústria do material esportivo movimenta bilhões renovando e criando novos produtos - bolas, camisas, mochilas e outros - e destina seus altos lucros para empresários e atletas de ponta quando a realidade do futebol é que cerca de 90% dos seus trabalhadores principais - os jogadores - ganha até 2 salários mínimos por mês e não tem emprego o ano todo. Os resultados dessa indústria não têm reflexo social para estimular o próprio futebol, pois a realidade é que a maioria dos seus trabalhadores vive de emprego temporário tendo que se dedicar à outra atividade para poder se manter.  O esclarecimento quanto ao que realmente precisamos e com que grau de qualidade podemos demandar produtos e serviços para as nossas necessidades básicas: saúde, alimentação, educação, moradia e lazer; isso é algo que pode e deve ser discutido na escola e na família, onde os pais tenham sido educados previamente sobre o que e por que consumir.  Em paralelo a isso deve haver uma cobrança maior dos órgãos que regulam a propaganda para que ela não extrapole e, por outro lado, os órgãos fiscalizadores devem exigir que produtos tenham gravadas na embalagem as suas propriedades - não como ocorre atualmente onde mal se consegue ler -. A defesa do consumidos poderia elaborar listas de produtos comparando as suas principais propriedades ou, de outra forma, para evitar reações das forças escuras do mercado que só querem vender a qualquer custo, elaborar tais listas especificando o que se esperar de cada tipo de produto o que vai depender da sua natureza. Isso traria muitos ganhos para o cidadão que consome, pois estaria o mesmo evitando ter prejuízo financeiro ao adquirir algo que não agrega tanto valor em tecnologia, por exemplo, e cujo benefício não seja assim tão indispensável.