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Enviada em: 18/10/2017

“O número de toxinas encontradas tornou a vida na Terra impossível de se sustentar”. Tal citação da animação “Wall-E”, dirigido por Robert Kenner, retrata a história da Terra depois que ficou inabitada por humanos, permanecendo apenas robôs fazendo o serviço de limpeza. De forma lúdica, traz á tona a problemática da geração de resíduos no planeta.  Ao transpor a temática dos perigos da obsolescência programada, percebe-se a formação de indivíduos ludibriados com o consumismo exacerbado e a banalização do conceito de sustentabilidade no país. Ora, converte-se em utopia a tese de uma sociedade equilibrada frente ao consumismo e a limitação ecológica.        Ao principiar tal visão, é notório que após a Revolução Industrial e do avanço do capitalismo, os consumos de aparelhos eletrônicos intensificaram-se no país, bem como suas implicações. Ademais, apesar do amparo no Código de Defesa do Consumidor, que suaviza os efeitos da obsolescência planejada, é notório que a sociedade ainda encontra-se alheia frente à sinestesia midiática e as constantes atualizações desses produtos, dando a sensação ao indivíduo de ultrapassado _ eis um retrocesso.        Essa escassez de postura advém, sobretudo, da ausência de concepções e de uma formação dos cidadãos e dos entes competentes ao transpor a mazela. Ademais, quando se vincula com a falta de fiscalização do destino dos produtos obsoletos, e das devidas medidas punitivas, quase todos os envolvidos trilham a ignorância e, em especial, o bom senso. Em consequência disso e da constante procura por matéria prima, ocorrem fortes impactos ambientais por envolver materiais tóxicos, além do acúmulo desses produtos descartáveis em aterros.         Depreende-se, portanto, que medidas são necessárias para que se resolva a mazela que inviabiliza a relação entre meio ambiente e o consumismo exacerbado. Para tal, o Estado deverá aplicar medidas legislativas que torne as empresas fabricantes desses produtos eletrônicos os responsáveis pelo devido descarte dos mesmos, fiscalizando e aplicando medidas punitivas – multas - ás que estiverem irregulares, a fim de minorar os efeitos nocivos desses eletrônicos obsoletos no meio ambiente. Somado a isso, a mídia sendo uma ferramenta democrática em consonância com a escola e seu papel transformador, deverão investir em projetos de conscientização, com a finalidade de educar e instruir a população e os discentes ao transpor a linguagem apelativa das publicidades. Assim, faria jus a máxima de Pitágoras, “eduquem as crianças e não punirá os adultos”.