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Enviada em: 21/10/2017

Desde a crise do modelo de produção Fordista um novo modo de fabricação consolidou-se. O Toyotismo, contrário ao modelo anterior, produzia itens menos duráveis e não padronizados. Tais premissas levariam o público consumidor a estar em constante troca de produtos, tendo em vista que estes já teriam tempo de descarte pré-estabelecido - o que hoje se chama obsolescência programada -. Como resultante, temos o consumo desenfreado e o alto descarte de lixo no meio ambiente que, por sua vez, merecem uma discussão bem como um solucionamento.  Paralelo a isso, as grandes marcas já produzem seus artigos com princípios voltados para as vendas do próximo lançamento, dessa forma, o grande número de produtos obsoletos no mercado. Tais condições levam os consumidores a trocá-los em pouco tempo de uso, devido ao pouco tempo de funcionamento e o prestígio social que o este objeto irá lhe trazer. Isso se deve a efemeridade das relações, explicada por Bauman em sua obra "Modernidade Líquida", onde demonstra que as pessoas estão cada vez mais individualizadas e menos voltadas para o todo,construindo a ideia de que para ser é preciso ter, diretamente ligada a problemas sociais e ambientais.  De maneira análoga, no modelo inicial havia um símbolo de produto extremamente durável e padronizado, o famoso carro "Ford T", que proporcionava vários anos de uso. Em oposição, atualmente a indústria automobilística produz carros com peças menos duráveis e em diversos modelos, de modo que a cada ano haja um lançamento no mercado. À vista disso, a incidência de tais situações gera um ciclo vicioso, sendo necessário comprar cada vez mais para repor o antigo artigo, gerando alarmante quantidade de lixo por parte das indústrias e pelo descarte inconsciente, o que preocupa inúmeros ambientalistas.   Em suma, é notório que a obsolescência programada traz inúmeros perigos para o meio ambiente, bem como a vida das futuras gerações que teriam o seu espaço saturado pelo lixo da sociedade atual. Sendo assim, é importante que a Família e a Escola eduquem suas crianças para a importância de consertar e reutilizar em prol da preservação do meio ambiente e da perpetuação da vida no futuro, por meio de oficinas de reciclagem e palestras que apresentem novas tendencias de consumo consciente, como o "Lowsumerism". Já o Estado em conjunto com as grandes Empresas, deverão criar locais de descarte apropriado, de modo que o lixo das pessoas e indústrias não agrida gravemente o meio ambiente, como também a fabricação de objetos com princípios sustentáveis.