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Enviada em: 13/03/2018

A obsolescência programada é quando um produto disponibilizado ao consumo se torna obsoleto em um período de tempo relativamente curto de forma proposital. Isso é feito para que os donos dos meios de produção possam obter vantagens lucrativas ao estimularem, dessa forma, o consumismo da sociedade. Assim, é imprescindível notar que esses fatores acarretam consequências não somente ambientais, como também sociais na população.     Desde a Revolução Industrial o processo de êxodo rural e, consequentemente, o de urbanização se intensificaram de maneira significativa, o que aumentou o consumo nas cidades. Dessa forma, a obsolescência programada surgiu como uma alternativa que aproveitou a ampliação das compras e possibilitou, assim, a obtenção de maiores lucros. No entanto, para suprir essa demanda de produtos é necessário uma maior exploração dos recursos naturais, o que é prejudicial, visto que pode causar o esgotamento destes, pois se utiliza mais do que o planeta pode repor.     Outrossim, a alteração dos recursos naturais, tendo em vista a redução da vita útil dos produtos e, consequentemente, o aumento do consumo, acarreta o surgimento de problemas socioeconômicos na sociedade. Nesse sentido, é indubitável que a intensificação dos danos causados à natureza ocasiona esgotamento de recursos utilizados por diversas populações para a subsistência. Esses fatores corroboram o desenvolvimento da pobreza, bem como da exploração laboral, visto que esses indivíduos, geralmente, têm que ir para as cidades por necessidade e se submetem, dessa maneira, à condições inapropriadas de trabalho.     Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse e minimizar os danos causados pela obsolescência programada na sociedade contemporânea. É imprescindível que o Governo elabore leis que concedam benefícios fiscais às empresas que utilizarem um método de produção sustentável, para que seja possível, assim, incentivar a produção de mercadorias que tenham maior vida útil e reduzir os impactos ambientais causados por esse problema. É importante, também, que o Estado aumente a disponibilização de recursos voltados para a fiscalização tanto de áreas de proteção ambiental, como também de regiões que fornecem a possibilidade de sustento à famílias de baixa renda, para diminuir, dessa maneira, a desigualdade social nos centros urbanos.