Materiais:
Enviada em: 14/08/2019

Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que o acesso a internet é um direito humano, uma vez que, além de reunir todo tipo de informação, a rede também pode impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de indivíduos. A exemplo disso, tem-se a educação a distância (EaD), que revelou no Brasil um potencial transformador e inclusivo na educação, principalmente para a população socialmente excluída. Contudo, infelizmente essa modalidade ainda enfrenta obstáculos e é alvo de preconceitos, tornando-se necessário adotar medidas que mudem essas ideias.   Em primeiro lugar, é necessário considerar os benefícios que o EaD proporciona para os estudantes brasileiros. É possível pensar, por exemplo, na acessibilidade financeira, espacial e temporal. Isso explica-se pelo fato de que a educação a distância têm o custo menor do que cursos presenciais e pode ser acessada em qualquer lugar, a qualquer hora, conforme a disponibilidade do usuário. Isso é um aspecto positivo para àqueles que conciliam trabalho, tarefas domésticas e estudos diariamente.   Em segundo lugar, é preciso constatar quais intempéries são enfrentadas pelos usuários. Um deles relaciona-se a desvalorização e ao desconhecimento da sociedade em relação a qualidade e a validade dos cursos ofertados. Isso é fruto do sucateamento e da mercantilização do ensino por grupos educacionais, à fim de maximizar os lucros. Outra questão preocupante é a exclusão digital, causadas principalmente por dificuldades tecnológicas e infraestruturais, uma vez que faltam equipamentos adequados, falta internet e falta capacitação para que os alunos aprendam a manusear os computadores.   Portanto, torna-se necessário criar meios para valorizar e garantir a qualidade e o acesso ao EaD. Para tanto, é preciso uma parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações no sentido de aumentar o investimento em computadores e em planos de internet popular, para facilitar o acesso da população. Ademais, é dever desses ministérios criar projetos de capacitação para ensinar os alunos a manipular o equipamento. Por fim, a mídia deveria divulgar as regras de utilização, os benefícios e as oportunidades que o EaD oferece, para desmistificar os preconceitos que envolvem essa modalidade tão relevante atualmente.