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Enviada em: 11/06/2019

De acordo com o conceito de “Aldeia global”, McLuhan sugeriu um mundo interligado pela tecnologia, onde há o compartilhamento sucessivo de informações. Nesse contexto, insere-se a Educação a Distância (EAD), a qual por meio de aparelhos eletrônicos, tornou-se chave para o aprendizado em âmbito mundial. Todavia, a recente implementação desse modelo educacional é tema de debate, visto que é questionado sobre sua eficácia. Assim, o discurso dialético entre o papel educador do ensino a distância, e a segregação de desprovidos de tecnologias de acesso a este, declara a necessidade de uma síntese para essa problemática.           Primeiramente, é cabível apontar que o modelo EAD apresenta uma nova forma de aprendizado, a qual utiliza a tecnologia a favor do ensino. Evidentemente, a otimização e a flexibilidade oferecidas pelos recursos informáticos transformaram a cultura da educação. Segundo Habermas, a internet é um ótimo veículo para democratizar a informação, pois disponibiliza vastas fontes de aprendizado. Logo, diante dessa perspectiva, é possível apontar o modo de graduação a distância, como potencializador do processo educacional.          Em segundo plano, frente aos benefícios do sistema de educação a distância, é válido lembrar que este segrega indivíduos, à medida que não atinge toda sociedade. Esse cenário advém da inacessibilidade de camadas populares às tecnologias provedoras desse sistema. Diante disso, em contraposição à “Aldeia global”, Pierry Levy discerniu sobre a exclusão que a tecnologia causa, já que restringe seus benefícios àqueles que a detêm. Dessa forma, nota-se a necessidade de democratizar os veículos informáticos na educação.         Em suma, evidencia-se que, embora o EAD demonstre-se efetivo, também gera seus excluídos. Sendo assim, cabe ao Governo Federal, por intermédio do Ministério da Educação e do Ministério da Tecnologia, implementar políticas que oferecerão suporte técnico a toda sociedade, por meio do projeto “Educação em todo lugar”. Nele, deve conter quesitos que promulguem o acesso democrático, em setores públicos e escolares, às tecnologias de formação, a fim de, aliado ao ensino presencial, potencializar o ensino no Brasil. Desse modo, graças a essas diretrizes, melhorar e ratificar todos os meios de aprendizado, para enfim, conectar a educação à “Aldeia global”.