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Enviada em: 11/06/2019

Antes mesmo da invenção da escrita, na pré-história, por meio do gesto e da oralidade, buscava-se  ensinar técnicas consideradas importantes à sobrevivência humana. Com a complexidade da sociedade atual, entretanto, foi necessário criar sistemas específicos para cada área de aprendizagem. Um dos mais importantes é a educação a distância que, embora seja prática, é, muita das vezes, defasada e entregue a uma parcela restrita da população. Inicialmente, é válido destacar uma das maiores vantagens da educação presencial: a interação mais intensa entre aluno e professor. Segundo o filósofo antigo Sócrates, ter esse contato é fundamental, o que o fazia abdicar constantemente dos livros e dedicar-se, apenas, ao diálogo, pois somente assim, segundo ele, conseguiria dar a luz ao conhecimento. Em oposição ao seu sistema, por se tratar de um processo mecanizado, tal interação online se mostra superficial, especialmente nos casos em que o contato humano é muito importante, como os cursos de profissões que lidam rotineiramente e diretamente com pessoas. Desse modo, indivíduos entram no mercado de trabalho despreparados, evidenciando a carência do ensino. No entanto, apesar da defasagem, a educação a distância é uma ótima alternativa para quem busca otimizar o tempo ou por quem, por diversos outros motivos – como distância –, não consegue cursar o que deseja presencialmente. No geral, para que isso seja efetivamente válido e democrático, a universalização da internet deveria ser uma realidade nacional, o que não observa-se no Brasil. Segundo a Pnad (Pesquisa nacional por Amostra Domiciliar), em uma pesquisa de 2016, cerca de 21,6% dos lares do país não tem acesso a internet. Consequentemente, tal questão torna-se um empasse para a priorização do método online de aprendizagem, sendo tratado, ainda, como alternativa e não como opção. Portanto, diante dos fatos supracitados, fica evidente a necessidade de aprimoramento da educação a distância no Brasil. Primeiramente, é de suma importância que o Governo Federal, em conjunto com o IBGE, faça o mapeamento das áreas de ausência de internet e, em seguida, desenvolva projetos, por intermédio de incentivos fiscais às empresas que oferecem o serviço, de barateamento dos pacotes nas regiões, expandido aos poucos o uso. Não obstante, o MEC deverá impor um padrão mínimo de qualidade aos cursos oferecidos, avaliando critérios como suporte dos professores, conteúdos e demais quesitos, evitando a formação de profissionais despreparados. À vista disso, o ensino online poderá tornar-se eficaz para quem opta por usá-lo.