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Enviada em: 19/06/2019

Em seu diário Anne Frank relatava as horas dedicadas ao estudo que fazia pelo rádio. Apesar do contexto nefasto da Segunda Guerra Mundial atrelada com a perseguição judia que sofria, ela conseguia fazer o que mais gostava através de uma comunicação à distância: estudar. Analogamente, no Brasil existe inúmeras pessoas que têm o desejo de aprender como a Anne Frank e e encontram no ensino à distância (EAD) uma possibilidade. Desse modo, cabe analisar os desafios que esse modo de aprender apresenta e possível medida para beneficiá-lo e fazer com que seja democrático. Primeiramente, é impossível falar de EAD sem mencionar a sua principal forma de transmissão: a internet. Se na época da Anne Frank era o rádio que desempenhava essa função, hoje, a internet ultrapassa mais barreiras e introduz uma infinidade de conhecimentos. No entanto, segundo o IBGE, 21 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet em 2016, o que configura o primeiro desafio para a perpetuação democrática do EAD, isto é, a carência desse recurso perpetua a marginalização daqueles que, vêem no EAD a única possibilidade de estudar, já que a falta de acesso à internet  se faz justamente em regiões mais distantes dos centros urbanos. Outra problemática é o encarecimento dos aparelhos de tecnologia indispensáveis para essa modalidade de ensino. "Notebooks", impressoras são alguns itens que devem se fazer presente no dia a dia dos estudantes, para que ocorra um melhor aproveitamento. Todavia, com uma população majoritariamente pobre, a compra desses itens fica inacessível. É mister, portanto, medidas que estimulem a perpetuação da educação à distância de forma democrática. Sendo assim, o governo federal por meio da redução de impostos baratear equipamentos tecnológicos com a finalidade de estimular a compra do mesmo. Além disso, o governo federal poderia isentar empresas de acesso à internet e telefonia que levasse seu aparato de rede para as regiões afastadas dos centros urbanos. Assim, somando essas duas medidas, o ensino à distância cumprirá a disseminação que fazia a felicidade de Anne Frank em momentos terríveis.