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Enviada em: 02/07/2019

O ano de 1940 foi revolucionário para a educação brasileira com a criação dos cursos à distância por meio das rádios, o que aumentou com a posterior invenção da internet. Nesse sentido, pode-se dizer que as perspectivas e desafios do ensino brasileiro à distância são pautas importantes nos debates hodiernos sobre a educação nacional, isto é, o facilitamento do acesso às aulas e a falta de atividades práticas aos indivíduos são assuntos que devem ser analisados.       Em primeiro lugar, é notório que a educação à distância no Brasil possibilita o alcance de ensino às áreas que não possuem esse recurso. Segundo o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Sob tal ótica, é inquestionável que a educação dos indivíduos por meio da internet aos locais que não possuem escolas e universidades é algo extremamente positivo. Isso gera, por consequência, uma maior formação de pessoas profissionalizadas como professores e trabalhadores, o que além de aumentar a disponibilidade de profissionais no mercado de trabalho, eleva os índices de educação no país. Dessa forma, de acordo com a visão kantiana, é necessário  que o Governo Federal continue investindo nessa área da educação nacional.       Outrossim, a falta de uma maior carga horária de aulas práticas aos cursos não presenciais que necessitam da interação do aluno com ferramentas e objetos também deve ser discutida. Conforme dados da Associação Brasileira de Educação à Distância, existem 7 milhões de brasileiros matriculados nessa área de ensino. Entretanto, muitos desses indivíduos sofrem dificuldades ao tirarem dúvidas com os professores ou no momento de realizar um maior número de aulas práticas como nos cursos de Educação Física e Engenharia, nos quais a prática é extremamente importante para o aprendizado. Tal fato resulta, sobretudo, na despreparação de muitos desses indivíduos que ingressarão em escolas, academias e empresas após a formação, o que compromete a qualidade profissional dessas pessoas. Destarte é papel do Governo e das instituições de ensino a distância aumentarem a carga horária de aulas práticas e melhorarem a ajuda nas dúvidas individuais dos alunos.       Infere-se, portanto, que a educação à distância no Brasil possui desafios. Logo, o Governo, com o Ministério da Educação, deve continuar investindo verbas em cursos não presenciais. Além disso, é preciso aumentar o número de horas para atividades práticas nos cursos que essa ação é necessária e elevar a disponibilidade de plantões tira-dúvidas aos alunos. Isso pode ser feito por meio do agendamento específico de horários para aulas práticas para cada aluno e pela criação de aplicativos de ajuda em cada disciplina para os estudantes. Dessa maneira, os indivíduos brasileiros terão mais capacidade em executar sua profissão corretamente, o que elevará a qualidade da educação no país.