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Enviada em: 13/07/2019

Desde o advento da Revolução Industrial no século XVIII, a sociedade é desafiada a lidar com mudanças e adaptações. Hodiernamente, tal desafio revela-se em torno das perspectivas e entraves da educação à distância (EAD) no Brasil, visto que esse tipo de ensino tem ganhado cada vez mais ênfase no país. Diante disso, é preciso conhecer os diversos estigmas desse cenário, na propensão de compreendê-lo.  Em uma primeira análise, observa-se que as perspectivas da educação à distância no Brasil estão intrinsecamente associadas às facilidades dessa modalidade de ensino. Com a vida moderna cada vez mais frenética, principalmente nos grandes centros urbanos, muitas pessoas - essencialmente as que necessitam trabalhar - acabam sem disponibilidade para as mais diversas atividades, como cursar um ensino superior presencial, visto a demora no trânsito por exemplo. Além disso, as mensalidades também são bem vistosas quando comparadas às de um curso presencial, custando bem menos, o que atrai um número considerável de interessados. Por consequência, nos últimos anos o número de alunos só vem crescendo, já totalizando 2 milhões de estudantes matriculados, o que corresponde a 21% das matrículas realizadas no ensino superior do país, de acordo com reportagem do G1. Dessa maneira, pontua-se que o EAD demonstra-se relevante, visto que ajuda a promover o acesso ao ensino  Ademais, em um segundo plano, os entraves levantados ao ensino à distância no Brasil possuem estreita relação com o preconceito ainda existente a esse tipo de ensino. As poucas aulas práticas presenciais levam algumas pessoas a tornarem-se críticos do EAD, mesmo que o Ministério da Educação garanta por lei que o diploma de um curso à distância tenha a mesma validade de um presencial. Por crer que um estudante que cursa essa modalidade poderá tornar-se deficitário para exercer uma profissão - diferente de um matriculado em um curso presencial - César Callegari, presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada, afirma que mudanças devem ser feitas nesse modelo, para que não se torne "de má qualidade". Nessa perspectiva, o EAD torna-se um dilema e transformações devem ser feitas para a sua consolidação.  Portanto, nota-se que o ensino à distância no Brasil tem ganhado grande ênfase e que mudanças são necessárias para que ele continue ajudando a promover o acesso ao ensino e para a sua consolidação. Destarte, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com a instituições de ensino que promovem o EAD, torne as aulas práticas presenciais mais frequentes, por meio de exigências no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), objetivando que os estudantes tenham uma boa preparação durante a faculdade e assim reduzindo o preconceito para com os cursos à distância e seus estudantes.