Enviada em: 18/07/2019

No Período Colonial era necessário, aos que queriam estudar e tinham condições para isso, ir morar na Europa. Todavia, atualmente, com o implemento do EAD (educação à distância), muitas vezes nem é preciso sair de casa para ter acesso ao conteúdo. Sendo assim, observa-se dois grandes desafios e perspectivas: o trabalho humanizado e a democratização da educação.     Com efeito, segundo Bauman, “tudo é mais fácil na vida virtual, mas perdemos a arte das relações sociais”. Nesse contexto, o EAD pode conduzir um problema: o aumento da desumanização do trabalho como consequência do isolamento do contato humano desde a profissionalização. Nessa perspectiva, conselhos como o do curso de enfermagem barram o ensino à distância alegando a presença física do professor como indispensável e a responsabilidade ao ter contato direto com pacientes. Dessa forma, embora o EAD traga a flexibilidade aos estudos ele pode afetar diretamente a qualidade dos profissionais gerados.     Outrossim, o ensino à distância também proporciona diminuição dos custos, por ser mais barato a confecção de do material online, aumentando o alcance da educação. Entretanto, a necessidade do ponto de acesso online ainda desafia a democratização do ensino, pois, de acordo com o IBGE os mais pobres têm menos acesso à internet. Portanto, embora o EAD já tenha quebrado algumas barreiras na universalização, ainda se faz necessárias medidas que a proporcione às camadas mais vulnerabilizadas e que mais precisam da educação como meio de mudança de vida.      Dessarte, medidas são necessárias para solucionar o impasse, por isso, as universidades devem disponibilizar, por meio da criação de salas de computadores destinadas a isso, o acesso online para àqueles que não o possuem, além disso, o Ministério da Educação, deve ser mais rigoroso nos cursos oferecidos à distância. Por fim, tudo isso para que se aumente o alcance da educação mantendo um alto padrão, o que acontecerá sem a obrigação de deslocamento obrigatório no Período Colonial.