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Enviada em: 31/07/2019

Com a modernização do ensino por meio da tecnologia, oportunidades foram dispostas para que a população pudesse ter uma chance de melhora na qualidade de vida por meio dos estudos. Embora o Brasil tenha mergulhado nessa ideia com programas como a UAB – Universidade Aberta do Brasil, convém analisarmos os impactos potencialmente prejudiciais que tal conjunto de medidas pode ocasionar.   De fato, os cursos à distância garantem diminuir a lacuna de parte dos problemas educacionais brasileiros. Contudo, para que se tenha a eficiência proposta, deve-se ter os pré-requisitos bem consolidados – tal como a internet. Esse pressuposto é um dos pilares para que o plano funcione corretamente, no entanto, por conta da desigualdade no acesso e na distribuição de uma internet de qualidade, além dos preços abusivos, o projeto não funciona como deveria. Conforme os dados divulgados pela Revista Exame, apenas 50,2% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet. Ademais, segundo a Forbes, o Brasil está longe de possuir uma internet de qualidade, já que ocupa a posição 133 entre 210 países avaliados. Portanto, é inadmissível que a população, que paga uma das taxas de impostos mais altas do mundo, aceite essa situação.   Faz-se mister, ainda, salientar o descaso de parte das fornecedoras dos cursos que enxergam essa modalidade apenas como um ramo de negócios. Pois, disponibilizam os polos universitários em estado precário além de contratar professores desqualificados e, muitas vezes, até mesmo sem a formação fundamental para o curso. Com isso, visam apenas os lucros e, porquanto, prejudicam os estudantes. Como prova, recentemente o jornal Folha de São Paulo disponibilizou uma pesquisa de satisfação com estudantes de cursos EAD. Como resultado, maior parte deles reivindicaram centros de estudo mais modernos, além de mais aulas práticas, principalmente em cursos como educação física, em que é necessário uma maior interação entre professores e alunos.   Em visto disso, indubitavelmente, medidas são necessárias para reverter a situação. Para isso, o Governo Federal Brasileiro, através do Ministério da Educação, deve propor um projeto para que se possa ter fiscalizações nos edifícios disponibilizados para estudos e pesquisas de satisfação com alunos dessa modalidade, com o intuito de avaliar, por meio de testes de qualidade, os serviços prestados pelas empresas desse ramo e, assim, garantir uma educação de qualidade aos cidadãos. Dessa forma, os alicerces essenciais serão estabelecidos haja vista a sua eficiência e produtividade. Só então uma sociedade mais integrada será alcançada.