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Enviada em: 24/07/2019

Desde a chegada dos jesuítas no Brasil, em 1549, até os dias atuais, o modelo educacional brasileiro vem passando por mudanças impactantes. Com o advento das Revoluções Industriais e a facilitação do acesso à internet, novas plataformas de ensino à distância evidenciam uma metamorfose no âmbito educacional que inspira cuidados do Estado e da sociedade civil. A prioridade inerente ao tema conduz a discussão num único sentido: o aprimoramento do modelo atual é medida inadiável.       Em primeira análise, embora seja certo que a legitimação da educação à distancia democratizou o ensino e viabilizou instrução para parcela da população, também é fato que o modelo atual apresenta diversas falhas em sua execução. A ausência de efetiva fiscalização na qualidade daquilo que se transmite, além da primazia da conclusão em detrimento do aprendizado, constroem contexto social desconexo com a essência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta o ensino no país. A preocupação com a construção do conhecimento, e a revisão da aptidão que todas as plataformas têm de transmiti-lo deve ser objeto de constante análise.       Por conseguinte, segundo Immanuel Kant, o homem é tudo aquilo que a educação faz dele. A célebre colocação do filosofo alemão serve de alerta para sociedade civil. As conseqüências de parâmetros de qualidade insuficientes ou até mesmo inexistentes, não podem prosperar, sob pena de sabotagem de toda uma geração. As ferramentas educacionais trazidas pela globalização devem ser objeto de avaliação, discussão e oportuna implementação, sempre objetivando a construção do indivíduo e o prestígio pela qualidade daquilo que se ensina.        Evidencia-se, portanto, a necessidade de uma nova abordagem ao tema. Nesse sentido, caberia ao Estado, numa ação coordenada pelos Ministérios da Educação e Tecnologia, desenvolver e, efetivamente, implementar parâmetros e mecanismos de fiscalização da execução do ensino à distância. Nesse sentido, com uma perspectiva que presa pela qualidade em detrimento do pragmatismo, o fenômeno em questão demonstrará todo seu potencial revolucionário no contexto educacional, assim como foi a chegada dos jesuítas no Brasil.