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Enviada em: 06/08/2019

O Censo da Educação Superior aponta que 21% das matrículas em graduação no Brasil são em cursos a distância. Como um dos benefícios da era digital, a ascensão da Educação a Distância (EAD) permitiu a democratização do ensino, todavia, ainda precisa ser mais inclusiva e aprimorada. Para isso, Estado e instituições devem trabalhar paralelamente.      Primeiramente, percebe-se que, a virtualização da educação tornou as especializações mais acessíveis à camadas menos privilegiadas da sociedade. Por exemplo, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância, a maior parte dos alunos é mulher, as quais trabalham e estudam ou não entraram na faculdade logo após o ensino médio. Com os preços mais baixos, a EAD é uma opção para quem não pode arcar com os custos de um curso presencial - acentuados pelos gastos de trasporte e alimentação-, além de que, esse modal dá flexibilidade para exercer outras atividades. Todavia, para essa forma de educação ser concretizada no pais, ela deve alcançar comunidades que não tem o privilégio de acessar internet e lançar métodos para pessoas que ainda não tem cognição em certas tecnologias, ou que apresentam deficiência auditiva.   Outrossim, a qualidade da EAD é questionável o que gera preconceito da população. Segundo Pierre Levi, a tendência, atualmente, é que as coisas reais sejam virtualizadas, contudo, permanecendo factuais. Nesse contexto, a educação não é exceção: o ensino assumiu o formato "online", porém, precisa ser ajustado para ter uma proficiência factual. Em alguns casos, por analogia, faculdades ainda apresentam vídeo-aulas com má qualidade e insuficientes aulas práticas e ,por conseguinte, o seu público tem o ensino comprometido - enquanto, consequentemente, um esteriótipo negativo de todas as instituições é perpetuado por generalização.    Portanto, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por meio de parceria com ONGs, criar postos de internet popular e "lan house" com baixos custos em lugares desfavorecidos, nos quais também tenha-se aulas sobre o funcionamento dos aparelhos- assim, o EAD será possível a mais pessoas. Ademais, cabe ao Ministério da Educação estabelecer obrigatoriedades às instituições de ensino a distância, como a inclusão de vídeos com interpretação em libras e legendas, um nível de qualidade do conteúdo mais elevado e uma quantidade mínima de aulas maior. Desse modo, a virtualização tornará a educação cada vez mais real a toda a população brasileira.