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Enviada em: 14/08/2019

As artes de ensinar e aprender são dádivas presentes na história da humanidade há muito tempo. O tradicional ensino, cuja base é observável até hoje nas escolas, foi criado na passagem do século XIX para o XX, com a divisão entre áreas do conhecimento. A falta de revoluções significativas no método estudantil e a evolução no pensamento humano ocasiona debates sobre a mudança do padrão escolar. Proporcionalmente, a educação à distância no Brasil se torna uma discussão esférica, que deve considerar suas perspectivas e desafios.   Primordialmente, os motivos para o apoio à educação online incluem a ascensão das tecnologias entre crianças. Concomitantemente à teoria de Zygmund Bauman, que supõe a existência de uma modernidade líquida, onde as relações comunicativas apresentam extrema rapidez, a implementação do ensino à distância seria natural. Em contrapartida, isso implica a negligência de condições básicas para o desenvolvimento estudantil pleno, já que a falta de relações emocionais significativas também está presente no sociedade líquida. Dessa forma, as relações interpessoais estariam prejudicadas, considerando as más condições de vida de crianças e jovens brasileiros, as quais incluem abuso familiar, fome e moradia precária.   Em segundo plano, a melhora de tais fatores, somada com a valorização do espaço educacional como socialização secundária do indivíduo são cruciais para o entendimento dos desafios para a educação a distância. Os processos de inserção do sujeito na cultura da sociedade que esse faz parte é vital para a preservação da coercitividade social e, não somente a educação o faz, mas também o meio de convívio com outras pessoas. Dessa maneira, a importância da educação presencial é inegável no contexto cultural e sociológico da sociedade brasileira, que  evita empecilhos habitacionais.   Em conclusão, a resposta para o arcaico método de ensino usado atualmente não é a educação à distância. Em oposição, deve ser implementado pelo Ministério da Educação uma proposta de ensino que preserve os direitos estudantis e vise a comunicação entre os alunos e outros membros do âmbito escolar. Com isso, os jovens e crianças que frequentam as escolas brasileiras estariam confortáveis com o extremo suporte emocional recebido por essas. Ademais, os riscos familiares e de moradia sofridos por alunos seriam diminuídos com o convívio em outro ambiente, tornando, assim, o estudo uma atividade alheia a abusos.