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Enviada em: 16/08/2019

A educação à distância (EAD), no Brasil, vem se expandindo exponencialmente, já que a dificuldade de conciliar tempo, trabalho com a faculdade e o obstáculo do deslocamento são minimizados através da flexibilização que essas plataformas de educação fornecem. Porém, a expectativa de facilidade para conquistar o diploma é frustrada no momento que exige disciplina, administração do tempo e rotina. Por esse motivo, há um elevado índice de evasão, haja vista o desconhecimento sobre o funcionamento do sistema. Esse elevado índice é,então, um desafio para que a EAD se suceda no Brasil inteiro.     Embora a EAD aumente a abrangência de pessoas cursando, por ter valores mais acessíveis, incluindo mais de 6 milhões de vagas nos cursos apenas na graduação, segundo o MEC, as faculdades requerem dedicação, compromisso e autodidatismo, como evidenciado no artigo do Estadão “a unanimidade entre especialistas é que se adapta melhor a um perfil de aluno mais organizado, que consegue planejar a própria rotina de estudos e encaixe no dia a dia”. Todavia, muitos estudantes não se identificam com essas categorias e não se adaptam. Devido a isso, 33,7% dos alunos abandonaram uma graduação EAD em 2015, de acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp).      Com isso, esse modelo de formação do ensino superior não deve ser apenas “fábrica de diploma”, segundo César Callegari, Presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada – IBSA, mas sim garantir que forme profissionais qualificados. Desse modo, os cursos à distância estão disponibilizando cada vez mais enquanto crescem aulas ao vivo, chats ou fóruns em tempo real, com horários predeterminados, além da carga horária sendo aumentada de 20% para 40%. Essas mudanças são desconhecidas por muitos brasileiros que se interessam nessa modalidade. Sendo assim, muitos ingressam nos cursos e depois abandonam por dificuldade de regramento, ausência de planilha de estudos e problemas com conciliar trabalho e estudo.      Portanto, o desconhecimento sobre como funciona esse recente método de graduação é problemático ao passo que o aluno tinha uma expectativa da efemeridade e facilidade de conseguir o diploma, porém a realidade é a necessidade de estudos constantes. Devido a isso, as faculdades à distância devem fazer mais propagandas esclarecedoras em meios de comunicação mais acessíveis, como televisão, rádios locais, redes sociais como Facebook, para que menos pessoas abdiquem os cursos, além disso, cabe aos interessados pesquisarem mais, inclusive com quem já estuda nessa modalidade, a fim de ter uma conscientização para que a escolha seja sensata, e o EAD não vire "fábrica de diploma".