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Enviada em: 17/08/2019

Wifi: a chave para o futuro                       Com o surgimento da tecnologia, o acesso a educação que em tempos mais remotos era privilégio de uma única classe: a dominante; hoje, tem se tornado cada vez mais acessível aos diversos estratos sociais através do ensino a distância. Entretanto, apesar de tal conquista ainda existem diversas barreiras que precisam ser superadas, seja pela inclusão digital, seja pela transformação do pensamento social.                         Em primeiro plano, é importante ressaltar que com o advento da globalização houve um aumento significativo das desigualdades sociais e, portanto, apesar do maior acesso de algumas camadas sociais à tecnologia, outras por sua vez, ficaram ainda mais isoladas. Nesse sentido, ainda hoje, uma significativa parcela da população não possui essa ferramenta tão importante para a modernidade. Segundo a revista Abril, mais de 50 milhões de brasileiros não tem acesso à internet, fato importantíssimo quando se trata da questão e análise da amplificação do ensino a distância. Sendo assim, é evidente que a falta de inclusão digital é uma das principais barreiras para a democratização da educação à distância (EAD).                          Outrossim, além dos empecilhos causados pela falta de inclusão digital, existe uma espécie de preconceito em relação ao EAD que vem se tornando um obstáculo para a sua ascensão efetiva no meio social. Nesse contexto, apesar de suas inúmeras vantagens, como a flexibilidade de horário e o baixo custo, muitas pessoas desenvolveram um certo desconforto e incerteza em relação a qualidade do ensino à distância. Analogamente, pode-se vincular o pensamento do sociólogo Manuel Castells que em seu livro "Sociedade em rede", defende que atualmente vivesse uma descentralização do conhecimento que é muito benéfica para a educação, contudo, muitas vezes, sair da zona de conforto se torna uma tarefa árdua e que gera muito medo e insegurança para as pessoas.                        Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para dirimir a questão. A priori, é fundamental que através da composição tripartite - governo, entidades privadas e sociedade -, a inclusão digital seja incentivada por meio da ampliação da disponibilidade de redes wifi em bibliotecas públicas e centros culturais periféricos, além disso é importante que haja a realização de palestras em escolas para que as pessoas aprendam a usufruir dessa ferramenta. Ademais, a criação de órgãos que fiscalizem a veracidade dos materiais e a qualidade do ensino prestado pelas instituições é essencial para que a população perceba as vantagens do ensino EAD e os estigmas sociais sejam suprimidos. Somente assim, poderemos aproveitar os benefícios do wifi para o futuro da educação.