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Enviada em: 21/08/2019

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa as perspectivas e os desafios da educação à distância no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja devido a ineficácia do ensino a distância, seja por causa das dificuldades dos jovens brasileiros garantir um ensino presencial. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a ineficácia do ensino a distância rompe essa harmonia, haja em vista que, muitos jovens que optam por este meio de ensino sentem muitas dificuldades no aprendizado pois são poucas as aulas presenciais e a interação entre alunos e professores raramente acontecem. Outrossim, destaca-se as dificuldades dos jovens brasileiros para garantir um curso presencial que funciona como impulsionador do problema. De acordo com Durkhein, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que muitos estudantes que estudam a distância são porque trabalham muito e não tem tempo ou dinheiro para garantir um curso presencial de qualidade e isto poderá trazer grandes problemas no futuro devido a algumas empresas que não preferem contratar profissionais que optou por a graduação a distância. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Educação (MEC) deve realizar uma grande reforma na educação do Brasil construindo mais escolas e universidades também é necessário a contratação de vários professores para que os alunos possam tirar suas duvidas  e terem respostas de imediato, promovendo a esses jovens que lutam por um futuro melhor tenham acesso a esse patrimônio público e ao ensino de qualidade. Ademais, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, é dever do Estado à criação e implantação de um projeto nas escolas o qual promova palestras educativas que discutam a pluralidade a respeito do cotidiano e dos direitos dos estudantes brasileiros, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.