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Enviada em: 03/05/2018

A atual crise econômica vivida no Brasil deve ser responsável por um aumento no número de pessoas que vivem na pobreza, de acordo com o Banco Mundial. Essa condição, entretanto, não é algo recente e urgencia discussões relevantes. Fatores de aspeto histórico e administrativo evidenciam essa questão.     É importante pontuar, de início, o impacto da escravidão na desigualdade social brasileira. Com a abolição, em 1888, os negros se tornaram formalmente livres mas sem quaisquer serviços de inclusão na sociedade, uma vez que não tinham renda nem escolaridade. Marginalizada, essa população ocupou as periferias das cidades, vivendo em condições degradantes. Segundo dados do Datafolha, 66% das famílias ganham até R$2034,00 mensalmente, o que ratifica a persistência do cenário de um país historicamente pobre e desigual.     Outrossim, tem-se a ineficiência da administração pública no combate à pobreza. Encarregados da gestão do país, dos estados e dos municípios, os governantes eleitos, em suas maioria, fazem pouco por projetos sociais relacionados à redução das desigualdades. Na verdade, a política brasileira é marcada pela corrupção, fato que pode ser corroborado com a operação Lava Jato, por exemplo. Sem uma gestão ética, é impossível se pensar em estratégias como os programas de transferência de renda e a reforma agrária.      É inegável, portanto, a relevância de fatores históricos e administrativos na problemática supracitada. Nesse viés, é importante que a sociedade, no exercício da sua cidadania, cobre mais investigações acerca de irregularidades dos governantes. Tal medida deve ocorrer por meio de manifestações organizadas nas redes sociais, bem como nas ruas, com o intuito de termos uma administração ética e que lute pelas necessidades da população. Ademais, é importante que o Estado, em parceria com a mídia, realize campanhas de divulgação de projetos de assistência social. O SUAS, por exemplo, tem um papel fundamental na prestação de serviço àqueles que necessitam e se trata de um direito da população. Somente assim, é esperado um país com redução da pobreza e da desigualdade.