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Enviada em: 31/05/2018

“A essência dos direitos humanos é o direito a ter direito”, a célebre frase da filósofa judia Hannah Arendt evidencia a deficiência de mudança de postura no que tange a pobreza em questão no Brasil. Tal situação é originada devido a duas causas principais, o “confisco” foucaultiano e o pouco incentivo no mercado interno do país. Com isso, é urgente a necessidade de parceria entre governo e sociedade para amortização da referida problemática.  A guisa do sociólogo Michael Foucault, a “bio-política do poder” é um sistema regulador no qual de maneira sutil subordina a sociedade conforme seu interesse. Nesse contexto, a pobreza em questão no Brasil, por ser um problema que esta fortemente ligado ao “confisco” configurado segundo Foucault como uma forma de poder que consistia na subtração, no direito de se apropriar de parte das riquezas praticado pelos soberanos aristocratas dos séculos passados, se encaixa perfeitamente no conceito do sociólogo; O que gera sérias consequências como a relevante concentração de riqueza no Brasil, na qual segundo o Datafolha Uou encontra-se em 1% dos brasileiros. Dessa forma, desenvolver a sociedade é relevante para reduzir o dilema de pobreza.  A posteriori, o pouco incentivo no mercado interno é um importante tópico fomentador desse problema. Essa conjuntura valida-se no fato de que a produção de bens duráveis e não-duráveis é em grande parte para a exportação, o que gera segundo Celso Furtado o pouco desenvolvimento das industrias nacionais e simultaneamente a falta de empregos, na qual deixa exposta a pobreza brasileira; e valida dados do Banco Mundial que pobreza aumentaria em 3,6 milhões até o fim de 2017. Assim, é relevante investir e incentivar a produção interna para que se tenha um aumento no IDH brasileiro.  Infere-se que o “confisco” e o pouco incentivo no mercado são, portanto, importantes vetores dessa problemática. Para desconstruir esse panorama é imperativo que o Estado diminua o “confisco” investindo mais em programas como o bolsa família, e aliado ao MEC a fim de incentivar o mercado interno promulgue cursos que qualifiquem os brasileiros ao empreendedorismo e carreiras autônomas, como mecânicos, lojistas e pequenos agricultores e assim deem a possibilidade desse melhorar sua qualidade de vida, com o fito de ampliar os benefícios da inclusão social a todos, reduzir as concentrações econômicas e desenvolver o IDH brasileiro. Pois, assim será mais fácil combater a pobreza em questão no Brasil.