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Enviada em: 26/08/2018

Durante o Período Regencial, no século XIX, as más condições de vida de grande parte da população assolou o Brasil, provocando diversas revoltas, como a Cabanagem. No entanto, hodiernamente, as condições de miséria ainda é característica estrutural persistente, seja pela concentração de terras nas mãos de grandes proprietários, bem como pela falta de oportunidades educacional e no âmbito de trabalho.   Em primeira análise, evidencia-se que uma das principais agravantes da pobreza é a distribuição desigual de renda, haja vista que a concentração de terras, por exemplo, é um fator que tem raízes históricas, quando as grandes áreas cultiváveis foram arrendadas a alguns indivíduos selecionados no início da colonização, os donatários. A estrutura latifundiária se estabeleceu desde então e até hoje constituiu um ambiente de disputa, no qual, desprovidos de recursos tecnológico, os pequenos e médios produtores enfrentam barreiras para cultivar, sendo obrigados a vender seu imóvel rural para latifundiários. Logo, a concentração de terras e riquezas encontram-se nas mãos destes.   Além disso, segundo o sociólogo estadunidense Talcott Parsons, a educação é a principal precursora na formação profissional e social de um indivíduo. Todavia, lamentavelmente, muitos brasileiros não possuem este privilégio, dado que, por serem de baixa renda, acabam por ingressarem em trabalhos de pouca remuneração, para oferecer subsídio à família e ,consequentemente, não ingressam em uma faculdade. Nessa sentido, por falta de diploma do ensino superior, são considerados incapacitados para  um mercado de trabalho de melhor salário, expandindo-se assim, sucessivamente esse cenário nas gerações seguintes.   É indubitável, portanto, que a questão da pobreza no Brasil é um desafio, uma vez que está enraizada no país. Em razão disso, o governo federal deve investir nas áreas de pequenos e médios proprietários, oferecendo recursos tecnológicos, com o intuito de aumentar a produção, logo, melhorando a economia do país também, com exportações. Ademais, os governos estaduais, em parceria com as faculdades particulares e públicas, deve ofertar bolsas integrais ou parciais, além de estágios remunerados aos alunos de ensino superior, a fim de incentivar o ingresso dos indivíduos ao estudo e por conseguinte, em um mercado de trabalho melhor remunerado. Dessa forma, não apenas o cenário social brasileiro terá desenvolvimento, como também a balança comercial do país.