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Enviada em: 27/08/2018

A música "O resto do mundo" de Gabriel, O Pensador, fala sobre a marginalização e descaso com o mais pobre, muitas vezes em condições tão extremas que vivem nas ruas e são considerados indigentes. Evidentemente, esta canção tem enorme relação com os altos índices de desigualdade e segregação social no Brasil, onde milhares de indivíduos lutam diariamente para sobreviver em meio a tanta miséria. Nesse contexto, não há dúvidas que a pobreza é um problema no país, e que, infelizmente, tem aumentado nos últimos anos, seja pelo descaso governamental, seja pela atual crise econômica. Em primeira análise, os direitos sociais - estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 - tem como pauta a garantia de direitos como moradia, saúde e alimentação, todavia, o Poder Executivo não consegue efetiva-los com eficiência. Nesse sentido, como consequência dessa negligência, a única certeza, assim como Sócrates, é a pobreza. Prova disso, verifica-se que essa situação encontra-se presente no Brasil, à medida que ações afirmativas que visam erradicar não só a fome, como também a promoção da saúde e qualidade de vida estão ofuscadas em meio a instabilidade política do país, uma vez que os constantes casos de corrupção interrompem a execução das leis. Logo, a qualidade de vida dos brasileiros é colocada em risco. Além disso, a diminuição da renda e a grande taxa de desemprego são fatores determinantes do nível de pobreza de uma sociedade. No últimos anos, surgiu no Brasil uma grave crise econômica acompanhada da redução do emprego e do aumento da inflação, acarretando a diminuição do poder aquisitivo das pessoas. Segundo o Banco Mundial, até o final de 2017 o número de indivíduos vivendo em situação de miséria passou de 2,5 milhões para 3,6 milhões, isso comprova a gravidade do problema. Entretanto, apenas entender tal magnitude não é suficiente, é necessário, também buscar medidas que possam reduzir essa problemática. Diante dessa problemática, evidencia-se que a pobreza é uma questão presente no país, sendo preciso não só compreender, e sim implantar ações que erradiquem as causas. Para isso, cabe ao Poder Executivo, por meio do Conselho Federal de Assistência Social, efetivar os direitos sociais com mais eficiência, através de ações afirmativas quem visam a inclusão social e promovam qualidade de vida às classes mais carente da população, a fim de diminuir os índices de desigualdade. Ademais, em casos de inércia do Estado, é importante que o terceiro setor (ONGs), promovam iniciativas como arrecadação de mantimentos, e até o acolhimento de indivíduos marginalizados, para que assim , a realidade exposta na canção "O resto do mundo" seja cada vez mais escassa da sociedade.