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Enviada em: 02/10/2018

Albert Einstein profere que as dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade. Porém, o que ocorre com a parcela pobre da população brasileira é que as intempéries são imensamente maiores que a vontade e auxílio para superá-las. Dessa forma, o cenário da pobreza torna-se desafiador, seja pelas raízes históricas de segregação social, seja pelo descumprimento do artigo 5º da Constituição Federal.  Mormente, ao analisar as causas sob um prisma estritamente social, observa-se que os reflexos históricos impulsionam o problema. De maneira análoga, segundo a teoria da solidariedade mecânica de Durkheim, uma sociedade compartilha os mesmo valores e noções sociais perpassados de geração em geração. À vista de tal preceito, é notório que pensamentos existentes em contextos diferentes como, por exemplo, a exclusão dos negros da sociedade pós abolição da escravatura, perpetuaram-se, como dito pelo sociólogo. Entretanto, no hodierno quem sofre não são apenas os afrodescendentes, mas toda a classe pobre. Logo, faz-se necessário encontrar mecanismos para afastar tais ideias segregacionistas do senso nacional.  Ademais, o não cumprimento da carta constitucional revela a urgência em que a problemática deve ser resolvida, pois fere a lei maior. Sob tal ótica, nesta está escrito no artigo 5º que os pobres devem ser tratados pelo Estado de maneira especial a fim de aproximá-los dos demais. Nessa perspectiva, é de suma importância a ação governamental no tocante de apaziguar as desigualdades existentes no Brasil. Em suma, é preciso uma maior atenção em sistemas fundamentais como habitação e saneamento básico, para que haja equidade em relação ao restante da população, justificando o título dado a esse fragmento da Carta Magna, denominado direito à igualdade.   Infere-se, portanto, que a problemática em relação a questão da pobreza deve ser solucionada rapidamente. Dessa maneira, cabe a população em geral adaptar seus métodos de entendimento social e mudar sua mentalização, para que os reflexos do passado não estejam presentes como atualmente e os pobres não sejam segregados da sociedade. Além disso, é dever do Estado tratar de forma adequada as pessoas que se encontram na pobreza, assim, precisa-se de investimento governamental em muitos sistemas públicos como: habitação, possibilitando moradia para quem necessita; saneamento básico, evitando a e proliferação de doenças e, principalmente, no setor de educação, formando pessoas que possam buscar um lugar no mercado de trabalho, para assim, talvez, alcançar a tão cobiçada ascensão social.