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Enviada em: 15/10/2018

A sociedade, segundo Durkheim, é análoga a um corpo em que os órgãos cooperam para a manutenção do todo. Se um órgão não vai bem, todo o corpo sentirá. Sob essa ótica, faz-se necessária uma maior reflexão por parte da população brasileira a respeito das causas e efeitos da pobreza no país, uma vez que, tal problema é a realidade de grande parcela da nação, que vítima de uma ineficiente ação governamental, permanece estagnada social e economicamente.        Em primeiro lugar, vale ressaltar sobre uma das diversas causas de tal mazela, que é a ausência de políticas sociais eficazes no Brasil. Inquestionavelmente, é sabido que oferecer educação de qualidade também é um meio de reverter a pobreza de um país, entretanto, quando isso ocorre sem melhoria na qualidade de vida dos alunos, o resultado obtido é expressivamente menor. A título de exemplo, tem-se a Finlândia, que nos anos 90 investiu em políticas sociais concomitante às educacionais e obtiveram, em um curto período, uma mudança relevante no quadro de pobreza de seus habitantes. Só para ilustrar, todo ensino fundamental e médio é oferecido de forma igualitária e gratuita a todos os finlandeses, com acompanhamento médico, odontológico e psicológico inclusos.        Nessa perspectiva, confirma-se que há uma tendência de crianças em condições de pobreza não possuírem um bom desempenho escolar, e diante da necessidade de aumentar a renda familiar, optam em abandonar os estudos. Dessa forma, o ciclo da pobreza se perpetua, uma vez que, tais indivíduos não se qualificam profissionalmente e com isso não garantem empregos com salários dignos. Sob essa visão, ganha particular relevância o pensamento de Karl Marx, quando esse sustenta que o ser humano é o conjunto das relações concretamente determinadas pela história. Assim, fica claro que investir em políticas sociais é uma das medidas mais eficientes para transformar mudar o quadro de pobreza de um indivíduo, pois sua história será marcada por grande suporte do Estado para que ele tenha oportunidades de crescimento econômico.        Diante do exposto acima, cabe ao governo federal executar duas medidas pontuais. Primeiro, ele deve desenvolver projetos sociais para alunos do ensino fundamental e médio, como a oferta gratuita de material escolar e aumentar o número de instituições que trabalham sobre o regime integral de estudo, pois assim, os alunos teriam um ensino de qualidade e seus pais poderiam trabalhar de forma despreocupada. Outra ação é aumentar tanto o número quanto o valor de auxílios estudantis, para que todos tenham direitos iguais em se qualificar profissionalmente, e assim, ter uma perspectiva real de sair da pobreza e crescer social e economicamente.