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Enviada em: 20/04/2019

Desde a colonização portuguesa no Brasil no século XVI, já se tinham índices de pobreza no país, consequente da intensa escravização africana e soberania sobre os povos nativos. Entretanto, mesmo após o fim da escravidão, dificilmente essas pessoas conseguiram se inserirem socialmente, devido ao preconceito enraizado pelas gerações passadas e que permeia até os séculos atuais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - 15,2 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de extrema pobreza no país - número que se mantém devido principalmente à negligencia governamental perante políticas públicas e a alta taxa de desigualdade social no país.    A Constituição garante que todo cidadão tenha direito à moradia, educação, saúde, alimentação, segurança e trabalho. No entanto, mais de 25% da população brasileira tem esses direitos violados, totalizando 54,8 milhões de pessoas atingidas pela pobreza, segundo o site do G1. Diante dessas condições, é possível analisar como consequência o aumento nas taxas de fome e doenças epidêmicas, por conta da carência de saneamento básico que possuem, aumento também nos índices de emigração e violência, pois por não terem como se sustentar financeiramente muitas vezes recorrem ao crime por questões de sobrevivência, além de mudarem de cidades e até países em busca de melhores condições de vida. Uma vez que, auxílios para mudar a realidade dessas pessoas, não lhes são oferecidos.    Além disso, o Brasil é um dos países pioneiros em desigualdade social. Devido a industrialização e urbanização, ocorridas nos anos de 1960 e 1970, o êxodo rural colaborou para o aumento na concentração fundiária, que até hoje se faz presente no território nacional. Segundo pesquisas feitas pelo IBGE, em 2017, 43,3% da renda do país estava concentrada em apenas 10% da população. Fato que prejudica diretamente o desenvolvimento do país, haja vista que a sociedade como um todo não terá os mesmo acessos igualitários, bem como no eixo na educação.    Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Como disse Nelson Mandela, a pobreza não é um acidente, foi criada pelo homem e pode ser removida pelas ações dos seres humanos. Assim sendo, é preciso que o Governo Federal, junto às empresas privadas e ao Ministério da Educação (MEC), acabem com a pobreza no Brasil, por meio da criação de programas que inserem essas pessoas no mercado de trabalho e em instituições de ensino de qualidade. Para que tenham condições de se manterem e sejam cidadãos dotados de princípios e conhecimentos, a fim de atenuar a desigualdade social, terem seus direitos constitucionais concedidos e dar-se-á o fim da problemática.