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Enviada em: 20/05/2017

O Brasil é um país que transcende as diferenças étnicas atingindo uma disparidade socioeconômica. Nesse sentido, duas situações tornam-se relevantes: o enorme contraste de condições de vivência e moradia dos cidadãos brasileiros e o legado histórico - cultural que vem desde a época colonial. Em um primeiro plano, temos as diferenças das condições cotidianas de viver do brasileiro. O movimento migratório é constante, isso faz com que os imigrantes, muitas vezes em busca de melhores empregos, busquem os grandes centros urbanos. Desse modo, instalam-se em bairros periféricos com condições insalubres: falta de saneamento e ausência de unidades básicas de saúde, ou seja, vivem a margem da maioria dos benefícios da administração pública. Essa realidade corrobora para potencializar a pobreza. Em uma análise mais criteriosa, a multiplicidade étnica mostra que os descendentes de raças mais escura são maioria dos pobres da sociedade brasileira. Esse fato deve-se forma pela qual o Brasil passou, pois os indígenas como também os africanos trazidos a este país não possuíam os mesmos direitos que a elite portuguesa conservava. Apesar de a constituição vigente preconizar a isonomia dos cidadãos, o lapso temporal de vigência da Carta Magna de 1988 não foi suficiente para corrigir ou atenuar essa problemática. Para amenizar essas situações, portanto, são necessárias atitudes concretas do Estado. O Governo Federal, por meio do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão pode criar e expandir áreas de zona franca visando aumentar as ofertas de emprego e, com isso, diminuir o movimento migratório. Outrossim, é indispensável a ampliação de cotas raciais em universidades ou até incentivos fiscais para as empresas que contratarem descendentes de indígenas ou de afro-descendentes.