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Enviada em: 27/06/2017

Pobreza: Consequência do progresso   Com a consolidação do capitalismo como modelo econômico na maioria dos países, a distância econômica entre a classe dominante e a classe dominada vem tomando níveis exponenciais. No Brasil, tal cenário contribuiu para a intensificação dos debates acerca da pobreza que, segundo o site Globo, sofrerá um aumento de quase 50% até o fim de 2017.   Em primeira análise, é válido mencionar que a atual situação é consequência do pequeno acesso à rede de ensino, sobretudo superior. De forma geral, a educação ora conta com altos índices de evasão, ora com dificuldades no acesso. Sendo assim, a mão de obra disponível possui pequena quantidade de profissionais qualificados, resultando em salários baixos para a maioria. De acordo com o site UOL, cerca de dois terços das famílias brasileiras ganham pouco mais de dois salários mínimos.    Ademais, a pobreza intensifica-se pelas relações de ascensão social objetivada pela classe dominante. Segundo o filósofo francês Michel Foucault, as relações humanas envolvem elementos de disputa e domínio, sendo relações de poder. No cenário brasileiro, há grande concentração de renda e protecionismo de mercados, que incessantemente objetivam o lucro. Por conseguinte, a pobreza é resultante de fracas políticas sociais de apoio ao trabalhador, porquanto ainda não são efetivas.      Urge, portanto, a adoção de medidas com o intuito de mitigar as causas da pobreza brasileira. No âmbito federal, o Ministério da Educação deve ampliar programas de ajuda educacional, como o Bolsa Família e o Cartão Estudante, a fim de propiciar aumento no tempo de estudo. No âmbito estadual, Organizações Não Governamentais e Sindicatos Trabalhistas devem organizar palestras e conferências para mobilização social, pois, segundo Karl Marx, uma ideia torna-se força quando alcança as massas.