Materiais:
Enviada em: 02/11/2017

O Brasil, em função do seu histórico de colonização, desenvolvimento tardio e dependência econômica, além dos problemas internos antigos e recentes, possui uma grande quantidade de pessoas vivendo em extrema pobreza. A desigualdade social também é evidente, tendo sua principal causa na má distribuição de renda. Portanto, esses problemas são causados por inúmeros fatores, tendo suas consequências evidenciadas tanto individualmente quanto socialmente.        Nesse contexto, é válido ressaltar que a pobreza abrange praticamente todos as áreas, principalmente, as periferias dos grandes centros metropolitanos, culminando no surgimento das moradias de risco e na intensificação da favelização. Além disso, atualmente o Brasil passa por uma crise econômica que ocasionou o aumento do desemprego.         Outro fator existente é que, de acordo com a ONU, as principais causas da desigualdade social são a falta de acesso à educação de qualidade, os baixos salários, a dificuldade de acesso aos serviços básicos, saúde e saneamento, além de questões históricas, como o processo de escravidão que, até hoje, deixa marcas por manter a maioria da população negra com baixos níveis de renda e educação. Assim, percebe-se um contraste na sociedade devido à concentração de renda nas mãos de poucos, enquanto outros passam dificuldades. Ademais, a ideia de que a produção de alimentos em maior escala diminuirá a fome no mundo, é utilizado erroneamente visto que, o problema não se trata da falta de comida, mas sim, da má distribuição, como proposto pela Teoria Demográfica Reformista.        Ainda convém lembrar que diversos filósofos buscaram por justificativas para a existência dessa desigualdade. Para Rousseau, ela é causada pela divisão social do trabalho, com a criação da propriedade e dos bens particulares e não distribuíveis. Portanto, tende sempre a se intensificar. Já Karl Marx, enxergava a sociedade a partir da luta de classes, vendo a desigualdade se manifestar nos desequilíbrios entre a burguesia e os trabalhadores, dando origem à mais-valia. Marx Weber, por sua vez, observou essa questão a partir das estratificações sociais que ocorrem no campo da economia, do status e do poder, proporcionando um acesso diferenciado à renda, ao prestígio e ao controle social.        Sendo assim, o Ministério da Fazenda deve buscar alternativas para garantir igualdade na distribuição de renda, por meio da criação de leis e projetos públicos, como o Bolsa Família. Em adição, a mídia pode difundir que a pobreza de bens materiais existe devido à pobreza de altruísmo e solidariedade, através de notícias e documentários. Por último, o Governo Federal deve investir no ensino público, através de reformas nas grades curriculares, para melhoria da qualidade, visando reduzir as diferenças de oportunidades. Assim, dar-se-á o primeiro passo rumo a um país mais justo.