Enviada em: 10/07/2017

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado pela ONU, o Brasil apresenta a 10ª renda mais concentrada do mundo. Os índices de pobreza no país são elevados, tanto por conta de fatores históricos, quanto por falta de mecanismos ideais para a ascensão social das classes mais baixas.    Primeiramente, é importante destacar que a pobreza está relacionada com a enraizada desigualdade social no país. A partir da 1ª República, que teve início em 1889, mecanismos para a concentração de terras e de renda foram criados. Dessa forma, a maior parte das riquezas do país encontram-se nas mãos de poucos. Tal fato não tem como consequência somente a pobreza, mas também o enfraquecimento do mercado interno, o que atrapalha o desenvolvimento nacional.    Ademais, percebe-se que ainda não há a estrutura necessária para a ascensão dos mais pobres. Para o sociólogo Immanuel Kant, o homem é o que a educação faz dele. Quando se olha para a situação brasileira, depreende-se que o acesso à educação, assim como a sua qualidade, são elementos que geram a manutenção das disparidades sociais. De modo que, para algumas pessoas, a mobilidade social torna-se quase utópica.     Com isso, é possível compreender que a pobreza está diretamente relacionada às medidas excludentes sociais e econômicas tomadas no passado. Portanto, o Poder Executivo Federal deve aumentar os recursos financeiros direcionados ao Instituto nacional de colonização e reforma agrária (INCRA), para que esse possa intensificar a redistribuição de terras improdutivas, dando a elas uma função social, como o previsto na Constituição Federal de 1988. Programas de assistência social, como o Bolsa Família devem ser ampliados, para levar o mínimo a quem nada tem, além de contribuir ao fomento das economias regionais. Por último, a educação deve ser prioridade dos investimentos em todos os âmbitos administrativos, assim como o desenvolvimento de novas vagas nas universidades do país. Assim, a pobreza será, somente, parte da história.