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Enviada em: 06/08/2017

Não é difícil recordar a cena em que crianças vendem balas no sinal para o sustento da sua família. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que a miséria é a realidade de muitos indivíduos. Nesse contexto, a pobreza torna-se evidente no Brasil e pode afirmar-se, indubitavelmente,que é causada, sobretudo, pelo crescimento demográfico ser maior na população mais pobre e pelos avanços tecnológico do mundo contemporâneo.      Um dos tópicos que devem ser abordados é a elevada taxa de natalidade em famílias pobres. A cultura de ter muitos filhos é um herança antiga. É inquestionável que está prática era muito difundida quando a população vivia, essencialmente, da agricultura de subsistência, uma vez que quanto maior o número de descendentes maior a mão de obra disponível. Atualmente, a conjuntura urbana trouxe uma nova visão sobre a questão, posto que a quantidade de filhos é diretamente proporcional aos gastos familiares. Embora a taxa de natalidade brasileira tenha diminuído de acordo com dados do IBGE, se aproximando de 1,8 filhos por mulher, esta não é uma realidade da população mais pobre, que devido a ausência de recursos cria um círculo de pobreza. Nesse cenário, é pertinente apontar a teoria neomalthusiana, a qual defendia o que crescimento demográfico afetava diretamente o desenvolvimento econômico; assim, indicava as práticas de anti-natalidade como essenciais.           Ademais, não há dúvidas que a automatização das indústrias tenham contribuído com o problema. A partir da última revolução industrial ,que o mundo presenciou, a mão de obra humana passou a ter cada vez menor participação. Este cenário começou a ser observado tanto nas indústrias urbanas como no meio produtivo rural. A agricultura brasileira, na última década, assumiu um modelo de produção americano, conhecido como Belts, onde é adotado o uso de muitas máquinas em detrimento do trabalhador. Assim, os empregos disponíveis tornaram-se seletivos, buscando indivíduos qualificados e com alto grau de instrução; excluindo, automaticamente, os mais pobres que não recebem uma educação de qualidade e são forçados, muitas vezes, a abandonar a escola para trabalhar.       Portanto, medidas são necessária para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério da Saúde junto as assistências sociais municipais devem promover visitas as moradias da população mais pobre buscando difundir uma cultura de planejamento familiar focada no uso de métodos contraceptivos. Dando continuidade, como defendia Immanuel Kant " o homem não é nada além do que a educação faz dele" o governo federal junto ao Ministério da Educação devem realizar projetos destinados as escolas, buscando ressaltar a importância da educação na qualificação profissional. Só assim, a pobreza deixará de ser um problema na sociedade brasileira contemporânea.