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Enviada em: 11/08/2017

Karl Marx, filósofo alemão, em sua teoria do materialismo histórico e dialético apresenta a luta de classes como motor da história, defendendo a tese de que a economia é a base da sociedade. Sob essa ótica, é inadmissível um estudo aprofundado sobre a pobreza em questão no Brasil, visto que apenas as classes mais baixas são afetadas. Desse modo, apesar de muitos programas sociais existentes no combate à problemática, esta está longe de ser erradicada.     No período dito Estado Novo, o governo populista de Getúlio Vargas foi caracterizado por políticas públicas que beneficiaram os trabalhadores, entretanto, não alteraram a estrutura econômica e fundiária do país. Hodiernamente, percebe-se uma semelhança no que se refere aos programas de assistência social como Bolsa Família e cadÚnico, porém, como já visto no passado, a pobreza está longe de se extinguir. De acordo com o Banco Mundial o número de pessoas vivendo na miséria deverá aumentar entre 2,5 e 3,6 milhões até o fim de 2017. Por conseguinte, fome, falta de moradia e desemprego começam a fazer parte do cotidiano de muitos de brasileiros.     Ademais, percebe-se que a péssima estrutura educacional em periferias - onde se encontra a maior parte da população prejudicada - é uma das causas diretas da persistência da pobreza. Nesse aspecto, evidencia-se altas taxas de evasão escolar que, consequentemente, tornam a população  inadmissível para o mercado de trabalho acabando por se sujeitar a empregos informais sem uma renda estável. De acordo com Rousseau, filósofo francês, "é papel da educação formar a vontade coletiva no individuo transformando-o em cidadão". Logo, é imprescindível a atuação do Estado quanto ao impasse, já que na dita Constituição Cidadã de 1988, em seu artigo 5º, é garantido o direito à vida digna para todos os brasileiros.     Fica evidente, portanto, que política, economia e educação são os três pilares que devem ser moldados em prol da erradicação da problemática no Brasil. Cabe, primeiramente, ao Poder Executivo promover uma reforma na estrutura econômica do país, inserindo a população prejudicada financeiramente em cargos como auxiliar em postos de saúde, bancos e instituições públicas, o qual lhe garantam uma renda estável. Já ao Ministério da Educação em parceria com ONGs cabe uma reforma na educação de base por meio de um grande investimento em infraestrutura e ensino técnico visando a qualificação profissional da população brasileira.