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Enviada em: 13/08/2017

Desde o período colonial, o Brasil configura um cenário de concentração de riquezas nas mãos de poucos. Passando por período de colônia, império, ditadura e, atualmente, democracia, pouco se avançou a respeito da distribuição de renda. A problemática que envolve a evidente pobreza em nosso país é fruto de uma má distribuição geográfica, aliado a um processo histórico peculiar.    A concentração de indústrias, grandes cidades e serviços na região centro-sul tem parcela de responsabilidade nesse cenário. Segundo o geógrafo Milton Santos, maior parte das riquezas se encontram na região concentrada do país, consequentemente, a periferização das outras regiões é evidente. Por exemplo, podemos citar o grande fluxo migratório  do Nordeste para tal região em busca de oportunidades, a partir do século XX.    Além disso, o modo de colonização implantado por Portugal foi decisivo na manutenção da pobreza até os dias atuais. A utilização do Brasil como colônia de exploração resultou na concentração de terras nas mão de terceiros, por meio da política de capitanias hereditárias. Ou seja, houve uma concentração de terras nas mãos dos grandes proprietários. Consequentemente, nos dias atuais pouco mudou, onde muitos não tem o mínimo para viver.    Em síntese, conforme supracitado, o cenário de pobreza é causado por fatores geográficos e históricos e necessitam de medidas efetivas para sua resolução. Cabe ao Governo Federal, a criação de zonas de isenção fiscal nas regiões mais pobres, incentivando indústrias e, com isso, mais empregos para a população; cabe ao Executivo a adoção de propostas mais ativas a respeito da reforma agrária, buscando a distribuição de terras a famílias que não tem, dando oportunidade e dignidade.