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Enviada em: 21/09/2017

A pobreza não é o problema, ela é a consequência de um pacote recheadíssimo de situações problemáticas com que, hoje, os brasileiros lidam diariamente. Dentre essas situações, pode-se citar o mal direcionamento da aplicação de capital na educação, que faz com que o mercado de trabalho careca de bons profissionais e, logo, tenha sua produtividade estancada. Também deve-se lembrar que, consequente da desigualdade social, a pobreza se mantém graças à abundância de capital concentrado nas mãos de poucos.   Apesar da ideia comum à sociedade de que a educação recebe pouco investimento por parte do governo, quando o Brasil é comparado com países desenvolvidos, a informação se faz contrária a esse pensamento. O que acaba dificultando a educação no Brasil, é que há pouco investimento no ensino fundamental. No mercado de trabalho, por sua vez, isso se reflete em pessoas que se contentam em conseguir fazer algo específico, ao invés de procurar formas de evoluir o meio em que estão inseridas, fazendo com que, por exemplo, uma empresa deixe de crescer e se desenvolver tanto quanto poderia através de novas ideias.    Atualmente, os homens mais ricos do Brasil (são seis) concentram a mesma riqueza que metade da população pobre do Brasil, segundo dados da "ONG Oxfam". A realidade é que os ricos continuam enriquecendo, enquanto que os pobres, empobrecendo. O pobre demora a conquistar sua segurança econômica, e quando muito, adquire ela através de heranças que são repassadas de geração em geração. Já os ricos, tem o que investir, e por isso, conseguem investir naquilo que trará um bom retorno e acréscimo em seu montante, ou seja, enquanto que o pobre começa muitas vezes do zero, o rico começa do topo.    Para conseguirmos padronizar um pouco a pirâmide "per capita" brasileira, é necessário que o governo federal consiga administrar os investimentos na área da educação, de forma que o ensino de base tenha o mesmo nível do superior ou que, pelo menos, consiga se igualar ao das escolas privadas. Além disso, para distribuir parte desse capital concentrado nas mãos de poucos, poderia ser implementada uma taxa sobre a renda das pessoas que mais acumulam moeda, a mesma devendo ser repassada para as famílias mais pobres. Juntando as duas medidas citadas, e para que elas possam vir a ser praticadas, deve-se buscar, primeiro, a melhor qualificação de professores para as escolas públicas e fundamentais, bem como psicólogos e outros profissionais aptos a trabalharem com a população mais rica, a fim de conscientizá-los sobre a importância de auxiliar na erradicação da desigualdade social e na diminuição da pobreza.