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Enviada em: 18/10/2017

Da senzala à favela       A pobreza brasileira não é algo novo, já que tem início no período colonial. Mais especificamente no tratamento dado aos indígenas e aos negros que, gradualmente, formaram na mistura de raças, as classes sociais sem posses e pobres do país. Ademais, estruturado a um patrimonialismo e a um conservadorismo apoiado no latifúndio, suscita o imaginário e a cultura da nação até os dias de hoje. Assim, combater essa visão etnocêntrica é essencial para que a pobreza seja contida no Brasil.      Em uma primeira análise, os pobres continuam amargando forte marginalização até a época atual. Isso acontece em razão dos traumas deixados pela história escravocrata brasileira, uma vez que os negros eram marginalizados e excluídos de seus direitos mais básicos, devido aos contrastes na convivência entre senhores e escravos. Tal situação é ratificada pela falta de percepção da sociedade brasileira, no século XIX, de que todas os indivíduos tinham direitos iguais, por esse motivo mantinham a escravidão como um elemento indispensável, em que a pobreza e a miséria humanas eram vistas como normais e inevitáveis. Dessa forma, aqueles que são produtos dessa escravidão enfrentam grandes dificuldades para viver dignamente até hoje.     Outrossim, para entender mais uma causa dessa extrema pobreza, observa-se que, durante séculos, a população nativa brasileira permaneceu longe das vantagens da economia contemporânea. Isso aconteceu porque o Brasil cresceu de maneira retrógrada, já que não incorporou grandes parcelas da população aos setores desenvolvidos da economia, da sociedade e da política. Além disso, a alta concentração populacional nos centros urbanos, a restruturação das indústrias e o baixo crescimento econômico aumentaram o desemprego, a violência urbana e a insegurança pública. Nesse sentido, a maior parte da pobreza brasileira é urbana, dado que a agregação dos cidadãos ao mercado de consumo não tem correspondido com o mercado de trabalho.   Portanto, é necessário promover um rompimento com o etnocentrismo e com muitos conceitos consolidados sobre a pobreza no Brasil. Nesse viés, o Ministério do Desenvolvimento Social deve providenciar para todos os pobres auxílios por meio de programas sociais como o Bolsa Família, a fim de garantir que os filhos possam ir à escola todos os dias e também contar com serviços básicos de saúde para que a próxima geração aproveite as oportunidades que cada vez mais o país irá oferecer. Ademais, o Ministério da Educação precisa criar cursos de profissionalização capazes de inserir a população mais carente no mercado de trabalho, para melhorar a vida econômica dos brasileiros e reduzir grande parte da pobreza. Só assim ela será contada somente nos livros de história.