No limiar do século XXI, a poluição sonora é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, sons são reproduzidos em uma amplitude cada vez maior. Por outros, a saúde da população é atingida por essa realidade. A sociedade necessita de auxílio, essa realidade não deve persistir. Segundo portais de atendimento ao cidadão, informam que 80% das denúncias são sobre a problemática abordada. Convém lembrar ainda que a exposição do ouvido humano a barulhos muito altos podem gerar diversas deficiências auditivas, inclusive a surdez. Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a poluição sonora, haverá quem defenda a pertubação. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a poluição sonora no Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonista a tríade Estado, escola e mídia. O Estado por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem uma punição maior aos indivíduos que não respeitam a lei do silêncio; a escola, formadora de caráter, deverá incluir materiais sobre a concientização da problemática em todos os anos de vida escolar; a mídia, deverá veicular campanhas que incentivem as caronas solidárias, com o objetivo de diminuir o trânsito resultando na diminuição da pertubação sonora nos centros urbanos. Somente assim, contruir-se-á um Brasil mais saudável.