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Enviada em: 19/04/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito do impacto da reforma brasileira do Ensino Médio, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela infraestrutura precária, acompanhado da falta de professores. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal conduta para a sociedade.  É irrefutável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, o baixo investimento na estrutura das escolas limita essa harmonia, haja vista que, segundo a Gazeta do Povo 36% das escolas brasileiras necessitam de reformas, isso inclui até mesmo a inclusão de banheiros, tornando assim, difícil o ensino integral.   Não apenas as péssimas condições estruturais, como também o segundo fator importante para reflexão é poucos professores graduados querem continuar nessa área de trabalho, impulsionando o problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se no livro Uma professora muito maluquinha, em tal, ela exerce um papel hierárquico em relação aos alunos, desse modo, os alunos a respeitam. Já nas escolas brasileiras a violência entre jovens é evidente fazendo com que os professores sejam alvos de violências no seu âmbito de trabalho, resultando na procura de outro modo de sustento.    É notório, portanto, que ainda há entraves para assegurar a solidificação de políticas que tendam à construção de um mundo melhor. Destarte, é imprescindível que a Receita Federal destine maiores partes dos impostos, investindo  à capacitação da infraestrutura das escolas, viabilizando horas de estudos tranquilas e seguras.  Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, estudantes, palestras de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, ministradas por psicólogos, que discutam o combate ao desrespeito contra os professores, que ressalte a importância de te-los para ingressar no mercado de trabalho e tornar um ser humano ainda melhor, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não caminhe para um futuro degradante.