Materiais:
Enviada em: 19/04/2018

A educação brasileira se encontra banalizada, inclusive com baixo desenvolvimento no IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica), mas será que a reforma do ensino médio é a resposta para resolver essa situação? Alguns afirmam que essa reforma ignora o desenvolvimento da criticidade nos estudantes, outros que ela fornece mais liberdade de escolha. Devemos, então, analisar os dois extremos para resolver esse impasse e encontrar a melhor forma de mostrar que essa reforma não é o caminho mais interessante.    Os Sofistas, filósofos da antiguidade, não acreditavam em verdade absoluta e usavam essa justificativa para convencer a sua plateia da verdade que lhes favorecia, utilizando para isso a argumentação, mas o Sócrates, outro filósofo do período, não foi convencido e costumava debater bastante com eles. O posicionamento do Sócrates só foi possível graças a consciência crítica que ele tinha, consciência essa que, atualmente, costuma ser trabalhada nas aulas de Filosofia, Sociologia e História, áreas essas que serão as mais prejudicadas nessa reforma, que prioriza o ensino técnico.      Porém, a priorização do ensino técnico se deve a necessidade de preparar os jovens para o mercado de trabalho e a própria "liberdade" de escolha, teoricamente, prepara para as decisões que a vida nos impõe, mas não é possível tomar decisões originais e conscientes sem desenvolver a criticidade, que deve continuar sendo o objetivo primordial da educação, logo é necessário repensar esse projeto, adequando-o a realidade e as prioridades dos estudantes, de modo que eles não precisem escolher entre criticidade e tecnicidade.       Sendo assim, os estudantes precisam ter a possibilidade de acesso ao ensino técnico sem abrir mão de áreas tão importantes para a sua formação, portanto o ministério da educação deve aumentar o incentivo a propostas como o Pronatec, Programa Nacional do Acesso ao Ensino técnico e Emprego, que fornece ensino técnico sem alterar o ensino básico e deve desenvolver um curso para os professores, capacitando-os a permitir maior participação dos estudantes na escolha dos projetos que a escola adere e da própria didática das aulas, melhorando assim a qualidade educativa.