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Enviada em: 21/04/2018

O Ministério da Educação apresentou recentemente a Base Nacional Comum Curricular do ensino médio, a qual servirá de referência para todas as escolas do país. O objetivo do documento é aumentar a possibilidade de escolhas dos alunos e dá um padrão nacional aos currículos. Entretanto, em um país onde a educação se encontra em um estado preocupante, é necessário perceber as consequências negativas que essa medida pode trazer tanto para os estudantes como para as instituições de ensino.      A proposta concede ao jovem uma maior liberdade para escolher o que estudar, a mesma apresenta uma base flexível, com 60% da grade ocupada por matérias obrigatórias e 40% será preenchido por disciplinas direcionadas a área de conhecimento que o aluno escolher. Porém, esse projeto traz uma limitação de conteúdo para um estudante que escolhe humanas como aprofundamento por exemplo, vedando a ele a oportunidade de conhecer matérias como física e química. Visto isso, é necessário que os jovens tenham contato com as mais diversas disciplinas, para assim poderem fazer escolhas mais conscientes de um futuro profissional.     Um outro ponto é a desigualdade que esse projeto pode proporcionar às diferentes escolas do país. O texto final com as orientações para o ensino médio, não apresenta em detalhes as habilidades que devem ser ensinadas nos roteiros propostos. A ausência de informações específicas pode fazer que estados acabem adotando caminhos diferentes nos currículos, o que pode ocasionar um aumento na diferença entre as escolas pelo país.      Fica claro, portanto, que a Base Nacional Comum Curricular contém algumas falhas que precisam ser reparadas. A base disciplinar flexível, por exemplo, deve ser revista; uma alternativa melhor seria uma educação que promova uma variedade de assuntos, que estimule um pensamento crítico e proporcione um contato maior com a cultura. E também, os itinerários apresentados devem ser mais consistentes e detalhados, para que assim todas as instituições de ensino do país possam seguir o  processo educacional pelo mesmo caminho e, logo, de forma igual.