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Enviada em: 20/04/2018

A reforma brasileira do Ensino Médio é um conjunto de novas diretrizes para a educação implementadas via Medida Provisória apresentada pelo Governo Federal em setembro de 2016. Essa reestruturação terá uma parte da grade curricular que será comum e obrigatória a todas as escolas (Base Nacional Comum Curricular) e outra parte flexível que permitirá que o estudante escolha a área de conhecimento para aprofunda seus estudos. Nesse contexto, deve-se analisar os possíveis impactos tanto negativos quanto positivos da reforma do Ensino Médio no país.        Primeiramente, um dos possíveis problemas da mudança das diretrizes educacionais está relacionado ao aumento na jornada escolar. Isso ocorre, devido a ampliação do tempo de permanência dos alunos nas escolas, que passará de 800 horas para 1400 horas por ano, demandar melhor infraestrutura, algo que não faz parte da realidade da maioria das escolas brasileiras. Assim, mesmo a oferta de ensino em tempo integral ser de grande importância para a educação, a aplicação desta proposta pedagógica sem investimentos nas unidades de ensino se tornará um obstáculo na efetivação de melhorias na educação.       Ademais, é importante salientar os aspectos positivos da modificação nas orientações curriculares do Ensino Médio. A respeito disso, a flexibilização em relação a escolha da área de conhecimento, por parte dos estudantes, de acordo com sua afinidade fará com que os alunos tenham maior interesse pela participação ativa nas aulas e, por conseguinte, serão acarretados menores índices de evasão escolar e será alavancada a rentabilidade estudantil dos jovens.        Dessa forma, é inegável a existência de possíveis impactos da reforma brasileira do Ensino Médio em virtude da implantação de novas diretrizes para a educação, tanto negativas em relação a falta de investimentos na infraestrutura quanto positivas devido ao aprofundamento acadêmico nas áreas de afinidades de cada estudante. Para isso, é preciso que o Governo Federal invista na infraestrutura das unidades de ensino públicas de forma igualitária, criando laboratórios, espaços para prática esportiva, de acessibilidade e de, até mesmo, manutenção das áreas escolares para que possam garantir ambientes mais confortáveis para receber o ensino em tempo integral. Além disso, é necessário que que o Governo Federal através do Ministério da Educação em parceria com as secretárias municipais e estaduais planejem e criem medidas fiscalizatórias como visitas periódicas de agentes educacionais aos estabelecimentos escolares para garantir a implementação dos ideais da reforma do ensino médio.