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Enviada em: 23/04/2018

O sistema educacional brasileiro é tido como falho e recebe muitas críticas quanto a sua eficiência, e a forma encontrada para melhorar tal situação foi a reforma do Ensino Médio, tendo consequências como sua carga horária aumentada e algumas disciplinas sendo retiradas, atos que causam bastantes conflitos. Contudo, apesar de muitas pessoas serem a favor da mesma, ela ainda apresenta diversas falhas decorrentes de seus principais pontos que são a flexibilização do currículo, que permite ao aluno direcionar seus estudos à área de maior interesse e a mudança na distribuição do conteúdo das 13 disciplinas tradicionais ao longo dos três anos do ciclo.       Em primeiro lugar, o fato de algumas disciplinas serem optativas podem causar prejuízos na formação individual do aluno tendo em vista que muitos adolescentes ingressam no Ensino Médio sem maturidade e sem definição de carreira que desejam seguir no futuro. Por conseguinte, a partir do momento que um aluno escolhe não cursar determinada disciplina e a julga como desnecessária, muitas vezes em razão da dificuldade, a mesma pode se mostrar precisa no futuro, todavia, esse indivíduo não terá acesso a ela como consequência da má formação de base.        Além disso, com a mudança na distribuição dos conteúdos obrigatórios, fica a critério das escolas incluir várias disciplinas, como educação física, que se mostra de extrema importância tendo em vista a geração adolescente atual, que tem fortes traços de sedentarismo devido a fixação nos meios tecnológicos. De acordo com Nelson Mandela, "o esporte tem a força de mudar o mundo". Dessa forma, é possível assumir que o estímulo da prática esportiva, além de ter benefícios na saúde, também é uma forma de inclusão social e melhoria da auto estima. Logo, privar uma parcela de adolescentes que só têm acesso aos esportes por meio da escola, pode causar sequelas nos mesmos no futuro.       Destarte as escolas deveriam manter os conteúdos tradicionais como obrigatórios, posto que são pontos fundamentais para a formação do cidadão, e priorizar uma das áreas de conhecimento poderia levar a uma desestruturação de conhecimento básico muito grande. Dessa maneira, se grande parte da população continuar descontente com o sistema atual, o Ministério da Educação deveria desenvolver uma nova proposta de reforma mantendo os valores tradicionais, mas que seja adaptadas de forma que vise o futuro dos estudantes.