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Enviada em: 23/04/2018

Sancionada durante o governo de Michel Temer a medida provisória que ocorrerá no ensino médio divide opiniões da sociedade brasileira. Indubitavelmente, é notório que uma reforma no ensino brasileiro deve ser elaborada de maneira exequível, de modo que haja uma inclusão e capacitação dos jovens ao invés de uma evasão e sobrecarga horária no ensino público. Sendo assim, o governo deve propor medidas para que a educação seja um meio de proporcionar um retorno ao jovem brasileiro.      É necessário analisar, antes de tudo, que a medida provisória propõe uma adequação aos interesses do aluno, um modelo que funciona muito bem na França, Inglaterra e Austrália. Para isso, o Ministério da Educação destina 60% do ensino médio para disciplinas obrigatórias e 40% para uma escolha que será feita pelo aluno. Além disso, estaria atrelado o aumento da carga horária e a inclusão da opção pelo ensino técnico. Dessa forma, o aluno de baixa renda teria mais oportunidades no mercado de trabalho.    No entanto, precisam-se separar soluções inócuas do que verdadeiramente funciona. Com isso, é valido ressaltar que o governo não tem recursos para dispor de profissionais capacitados e estruturas adequadas para todas as escolas públicas do país. De certo, haveria uma desigualdade no ensino e uma consequente exclusão social. Ademais, a elevada carga horária poderia gerar um processo de evasão escolar mais intenso do que acontece no modelo atual.      Dado o exposto, o governo através do Ministério da Educação deve adequar essa medida á realidade brasileira. Assim, a grade curricular do ensino médio deve abranger todas as matérias, manter a carga horária atual e oferecer ao aluno a escolha de aprofundar-se em uma disciplina ou fazer curso técnico como atividade optativa e complementar. Todavia, seria oferecido um bônus, que poderá ser pontos extras no ensino regular, como forma de atrativo. Além disso, faz-se necessária que exista uma ouvidoria nas escolas, a fim de que os jovens expressem opiniões sobre o ensino público. Pois, como diria Platão: “O segredo da satisfação é o diálogo.”