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Enviada em: 23/04/2018

No limiar do século XXI, a formação educacional é um fator importante para adquirir conhecimentos que serão levados adiante do ambiente escolar. Visto que a mesma está defasada, está para vigorar a Reforma do Ensino Médio, em que as unidades escolares terão que se adequar ao ensino em tempo integral. Contudo, a maioria das escolas não possui espaço adequado ou verba para acomodar tantos educadores e educandos. Sendo assim, é uma problemática que precisa ser solucionada.         Em princípio, o conteúdo obrigatório será diminuído - filosofia, sociologia, artes e educação física -, porém, indivíduos atraídos ou não por estas áreas serão prejudicados, e permanecerão sem conhecimento adequado. Outrossim, a carga horária aumentará, o que ocasionará na desistência de muitos alunos ou na perda do trabalho remunerado, pois em porcentagem, já possuem emprego com carteira assinada e/ou moram sozinhos.        Ademais, os professores nem são valorizados suficientemente para aumentarem a carga horária, nem são remunerados apropriadamente, visto que a emenda constitucional - PEC 241 ou PEC 55 - visa congelar as despesas com educação e saúde, de tal forma que muitos educadores optarão por ausentarem-se da profissão, interrompendo o processo educacional dos jovens. Não só, as escolas precisarão se adequar ao ensino integral, e, no entanto, se quer possuem dinheiro para arcar com os custos de ampliação do espaço e contratação de professores qualificados.         Indubitavelmente, evidencia-se a vigência de medidas capazes de solucionar os impactos. Segundo o economista britânico Sir Arthur Lewis, "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido". Dessa forma, o Governo Federal deve eliminar a emenda constitucional, com a finalidade de que as escolas possam adquirir verbas para construção de salas, laboratórios e ambientes de lazer que comportem um número maior de alunos e que façam jus ao ensino em tempo integral qualificado, visando o processo educacional e de conhecimento do jovem. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve averiguar a obrigatoriedade do ensino em tempo integral visto que muitos jovens já tem estabilidade financeira. Logo, deve-se impor a integralidade desde o ensino fundamental, para que a formação educacional seja completa e que no futuro não surjam problemas à cerca da desistência. O MEC, juntamente com instituições de ensino como SESC e SESI, necessita propor cursos voltados à qualificação de professores, visto que a mesma está ultrapassada e muitos educandos não estão capacitados para a educação integral. Sendo assim, teremos uma educação de qualidade, sem desistências, com ensino integral completo, e a defasagem educacional distanciar-se-à da sociedade atual.