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Enviada em: 28/04/2018

Segundo o educador Paulo Freire: "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda", dessa forma, é necessária a discussão em questão da reforma do ensino médio, pois ela afetará diretamente a sociedade e os indivíduos que a formarão. No entanto, essa medida provisória foi aprovada mesmo com a existência de críticas e insatisfação de uma grande parcela da população em razão de suas consequências: a falta de formação crítica dos alunos e a contribuição para a desvalorização dos professores.     Ademais, uma das propostas desse decreto é a definição das disciplinas, história e geografia, como opcionais na grade curricular do estudante, o que torna o jovem um não protagonista nos processos e relações políticas-sociais, tais matérias são de grande importância para o desenvolvimento do pensamento crítico do cidadão. Assim, é evidente o impacto no campo social, já que, segundo o sociólogo Habermas: "A sociedade é dependente da crítica às suas próprias tradições"     Outrossim, como consequência a retirada de inúmeras matérias da grade curricular obrigatória haverá a desvalorização dos professores, pois a carga horária das disciplinas opcionais diminuirá, dessa forma, a média salarial dessa profissão que atualmente é de três mil e quinhentos reais, de acordo com a reportagem da rede televisiva Globo, tende a ser reduzida. Assim sendo, será perceptiva a disparidade salarial entre os professores de matérias obrigatórias e opcionais e a incoerência referente a essa situação tendo em vista que ambos obtêm a mesma capacitação para exercer essa profissão.        Portanto, é de suma necessidade a resolução dessas duas problemáticas para que a medida se torne eficiente e provoque um impacto benéfico à coletividade. Haja vista, o MEC(Ministério da Educação) por intermédio da BNCC(Base Nacional Comum Curricular) deve adicionar à base curricular as disciplinas: história e geografia, para que possam contribuir para a formação crítica do aluno e seu protagonismo no corpo social, por outro lado, o MEC deve estabelecer um piso salarial único para os professores, para que eles recebam de acordo com sua capacitação, e também deve decretar uma carga horária máxima para cada profissional, para que não haja sobrecarregamento desses especialistas. Destarte, as falhas nessa proposta governamental devem ser solucionadas, para que a educação se torne cada vez mais um fator transformador da sociedade, assim como Paulo Freire argumentava.