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Enviada em: 27/04/2018

Reforma do Ensino Médio: Uma questão de planejamento e organização  De acordo com o político e ativista social Neson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo. Sob essa ótica, percebe-se que a educação é uma temática de relevante interesse para a sociedade. Nesse sentido, a Reforma do Ensino Médio deve ser amplamente discutida, visto que alterará significamente o sistema educacional brasileiro. Diante dessa assertiva, o desenvolvimento do aprendizado pode ser prejudicado, seja pela antecipação da escolha profissional dos jovens, seja através do incremento de profissionais despreparados no ensino escolar.         Na época do renascimento cultural, no século XVI, era comum a existência de estudiosos que atuavam em diversas áreas do conhecimento, como Leonardo da Vinci, que se dedicava ao estudo da anatomia, das artes e mecânica. Contudo, no período hodierno, a Reforma do Ensino Médio petende implantar disciplinas optativas conforme a identificação pessoal de cada aluno. Nesse viés, essa medida tende a encaminhar precocemente os jovens a determinadas disciplinas, apressando-os em escolhas arriscadas que podem comprometer seu futuro. Diante disso, o índice de desistência no ensino superior do país pode aumentar, fazendo com que esses jovens desperdicem não só o tempo, mas também todo o dinheiro investido na graduação.         Além disso, entre as diretrizes adotadas, está a admissão de pessoas com “notório saber” para ministrarem as aulas. São pessoas que possuem muito conhecimento em determinada área, sem, de fato, possuírem formação acadêmica. Desso modo, a contratação de mentores sem a devida qualificação profissional, no que tange á ministração das aulas, pode comprometer tanto a qualidade do ensino , quanto o aprendizado dos alunos, sendo necessário rever essa questão para solucionar os entraves suscitados.          Portanto, urge que a Reforma do Ensino Médio seja aprimorada. Assim, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde, deve disponibilizar psicólogos e psiquiatras para auxiliar os jovens sobre qual área do conhecimento escolher, de acordo com suas reais habilidades e pretensões, com o fito de evitar que decisões precipitadas venham a ser feitas e decepções futuras, vivenciadas. Ademais, o Ministério da Educação deve desenvolver um curso semestral para aqueles que não possuem formação em licenciatura, mas desejam ministrar aulas no ensino médio. Assim, o curso compensaria a falta dessa formação, com disciplinas específicas de estratégia para o planejamento das aulas por esses profissionais, com o objetivo de prepará-los para o ambiente escolar vigente. Com a efetividade de tais medidas, o Brasil proporcionará a todos os discentes um sistema educacional de qualidade.