Materiais:
Enviada em: 02/06/2018

A reforma brasileira do ensino médio, que deve ser implantada até 2020, modifica de forma intenssa o ensino básico no país. Ao flexibilizar 40% da carga horária para disciplinas à escolha dos alunos, e aumenta-la para 1400 horas anuais, a reestruturação causará impactos no futuro dos estudantes e na qualidade acadêmica ofertada aos mesmos.       Deste modo, a reforma do ensino médio terá grande efeito na escola profissional dos estudantes. Tendo que escolher precocemente, no 1° ano do ensino médio, entre dedicar quase metade da sua caga horária de estudos ao ensino técnico ou determinado grupo de matérias, a escolha e capacitação dos alunos para a inserção no meio acadêmico, ou mercado de trabalho, serão limitadas. Os 40% de horas aula à critério dos estudantes devem dispor  de atividades que visem a sua integração social e apliação de sua visão crítica, de modo a ampliar as futuras escolhas, e não reduzi-las. À exemplo, a oferta de aulas de artes plásticas e visuais, música, dança, esportes, teatro e educação ambiental e econômica.       Outro impacto a ser considerado com a reestruturação é na qualidade acadêmica que será oferecida aos jovens. A ampliação na carga horária, de 800 para 1400 horas anuais, se torna insustentável ao analizar a condição estrutural das escolas e a falta de valorização dos profissionais  da educação. Escolas sem vasos sanitários e portas nos banheiros, sem merenda de qualidade, assentos suficientes, iluminação e ventilaçã adequada, professores, pedagogos e psicólogos em quantidade suficiente, é uma realiadade no Brasil.       Portanto, é notável que uma reforma deve ser feita no ensino médio do Brasil. Porém, a mesma não deve se resumir, apenas em modificações curriculares, mas em transformações estruturais e sociais. De modo que propicie uma formação educacional mais humanizada e de qualidade, para alunos e profissionais da educação brasileira.