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Enviada em: 04/06/2018

A sociedade brasileira, nos últimos anos, passou a discutir a reforma do Ensino Médio. As vantagens e desvantagens da proposta governamental foram analisadas por especialistas, professores, alunos.Os impactos dessa, em um país com território continental, são desafios para a nação.       A proposta governamental de reforma educacional foi iniciada pela formação de uma base comum curricular do Ensino Fundamental, seguida da reforma brasileira do Ensino Médio. Aquela foi discutida sem grandes polêmicas. Esta, contudo, dividiu a sociedade.O novo Ensino Médio brasileiro foi fundamentado com base em sistema educacional de países com excelência em políticas públicas. O que funciona na Noruega e Suécia passaria a ser a salvação do Brasil.       Todavia, nenhuma política pública funciona em um local da mesma forma que em outro. O Brasil é um país com grande extensão e regiões com maior avanço e desenvolvimento que outras. Os estabelecimentos de ensino brasileiros necessitam, antes de mais nada, de uma uniformidade na estrutura física, insumos educacionais e formação de corpo docente. Esses pontos básicos revisados já seriam uma grande reforma de educação brasileira.        Nesse cenário brasileiro, a proposta de uma reforma curricular com ênfase no Ensino Técnico parece suprir todo o sucateamento. Os jovens, com a reforma, passam a ter uma base curricular comum e outra parcela do currículo a partir da opção do aluno. A não inserção de algumas disciplinas na base comum, como Artes e Educação Física, foram as principais polêmicas à época. Entidades e Organizações passaram a defender seus membros e filiados. Defesa de ideologias foi um dos maiores problemas quando da discussão. Os envolvidos no assunto, em defesa de bandeiras, combateram, ou defenderam pontos sem uma avaliação real delas.       Paulo Freire, cientista educacional, afirmava que qualquer reforma na educação causa incômodo por abalar a zona de conforto. Sair dessa zona deve ser a revolução que o Estado deseja. Gritos, críticas e sugestões vieram com a proposta de reforma. Analisá-las, adotá-las, rejeitá-las faz parte da gestão pública educacional de um país democrático de direito.       Por conseguinte, o governo federal deve avaliar continuamente a reforma educacional brasileira, analisando sugestões, dados e índices. O Ministério da Educação deve destinar verba-extra àquelas Unidades Federativas com menos recursos e com índices e parâmetros educacionais deficitários. Os governos estaduais e municipais devem otimizar recursos para adequação de escolas e profissionais de educação ao novo cenário educacional. Os estudantes e responsáveis devem aproximar-se da reforma, reconhecer e fortalecer as atividades para concretização do novo Ensino Médio no Brasil.